São Paulo – Não será a pandemia: para Pablo Di Si, presidente e CEO Volkswagen América Latina, apenas uma eventual falta de componentes poderá atrapalhar a carreira inicial do Taos, que é produzido na Argentina, na unidade de Pacheco, que recebeu US$ 650 milhões em investimentos:
“Apesar das novas restrições anunciadas devido à pandemia na Argentina as fábricas podem continuar a produzir, não foram paralisadas, então estamos trabalhando normalmente por lá. A previsão de produção não mudou, e a única coisa que poderá afetá-la é a disponibilidade das peças.”
No caso específico dos semicondutores o executivo afirmou que “o Conselho de Administração, na Alemanha, nos apoiou e fomos uma das únicas ou talvez a única montadora a não parar nos últimos cinco meses por falta de componentes”. Mas reconheceu que “há um período muito complexo à frente, especialmente o terceiro trimestre, uma situação que monitoramos dia a dia em um comitê dedicado a este tema”.
A esperança de Di Si é que a falta de componentes não estrague os resultados alcançados até aqui: segundo ele a VW registrou no primeiro trimestre de 2021 seu melhor resultado dos últimos oito anos na América Latina, sendo que especificamente no Brasil a produção da empresa cresceu 20% e as exportações saltaram 30% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto que a participação de mercado avançou 1,3 pp.
Segundo Di Si mesmo com as atuais questões envolvendo a pandemia e a falta de componentes a previsão de mercado interno brasileiro para 2021 da VW não foi alterada e segue apontando total de 2 milhões 350 mil a 2,4 milhões de unidades.
O executivo confirmou também que o anúncio de um novo plano de investimento ficou para o segundo semestre deste ano, no aguardo da vinda de executivo do board da Alemanha. A viagem estava originalmente prevista para a primeira metade deste ano mas foi adiada pela situação da pandemia da covid-19 no Brasil.
Além do investimento poderá ser anunciada ainda a produção de uma nova picape média VW, concorrente da Fiat Toro.
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