São Paulo – Ainda sem confirmação de data para o retorno àa produção em Gravataí, RS, parada desde março por causa da escassez de semicondutores do mercado global, a General Motors argumentou, em nota, que a alongada paralisação nas linhas deve-se à quantidade de semicondutores usados na sua nova plataforma global, GEM, que é dotada de avançada arquitetura eletrônica:
“O novo Onix chega a ter aproximadamente 1 mil semicondutores e sistemas integrados espalhados por vinte módulos, até o dobro da quantidade encontrada em outros modelos da mesma categoria”.
Seu presidente, Carlos Zarlenga, descartou retomar a produção com foco nas versões mais básicas dos Chevrolet Onix e Onix Plus, os dois modelos que saem das linhas gaúchas: “Foi agregando tecnologias inovadoras que a marca Chevrolet transformou seus veículos em referência de segurança, conforto, conectividade e desempenho. Não deixaremos de oferecer aquilo que nossos clientes mais valorizam em um automóvel nem focar em versões básicas em razão da escassez momentânea de suprimentos, mesmo que isso impacte temporariamente nossa produção”.
No começo da crise dos semicondutores a direção global da GM tomou a decisão de focar o abastecimento de fábricas que produzem modelos de maior valor agregado, dentro de sua operação global. Ainda assim houve paralisação em quase todas as regiões, gerando impacto negativo nos resultados de todas as divisões da companhia.
No Brasil os efeitos dessa decisão são sentidos no volume de vendas: foram emplacados 112,9 mil veículos Chevrolet de janeiro a maio, resultado 1,5% inferior ao do mesmo período do ano passado. A marca é, dentre as Top 10, uma das duas que apresentou queda nas vendas de 2020 para 2021. A outra é a Ford, que deixou de produzir veículos no País.
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