São Paulo – Caminhões, picapes e utilitários leves vêm sustentando o crescimento do mercado brasileiro de veículos, que de janeiro a outubro somou 1 milhão 740 mil emplacamentos, volume 9,5% acima ao de igual período de 2020. Automóveis também crescem, mas em ritmo bem abaixo – e sustentado pelos SUVs, de acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Os caminhões são o principal impulsionador da indústria nacional em 2021, com alta de 50,4% nos emplacamentos sobre janeiro a outubro de 2020. As vendas de furgões também seguem em ritmo acelerado, com incremento de 37,8% na mesma base comparativa. As vendas de picapes aumentaram 32,9%.
As vendas de automóveis cresceram, mas bem abaixo do ritmo do mercado, com alta de 2,6% até outubro. Os SUVs, que já vendem mais do que os hatches, cresceram 34% no período, outro ponto positivo do mercado que foi ressaltado por Moraes
As entregas de ônibus também ficaram abaixo da média do mercado, com expansão de 3,8% ante 2020. O único segmento que registrou queda foi o de vans, com recuo de 3% com relação ao ano passado.
Em outubro o mercado somou 162,3 mil emplacamentos, queda de 24,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e alta de 4,7% ante setembro, que foi o pior mês de vendas no ano. Esse resultado também foi o pior para o período desde 2016.
A média diária também subiu ante setembro, saindo de 7,4 mil veículos nos vinte um dias úteis de setembro, para 8,1 mil licenciamentos/dia nos vinte dias de outubro. Os dois meses tiveram um dia útil como emenda de feriado.
O estoque de 93,5 mil unidades é suficiente para atender o mercado durante dezessete dias úteis, um a mais do que em setembro, o que não muda a situação apertada em que a indústria está operando, com seis dias de estoque nas fábricas e onze nas revendas. O problema de estoque começou em novembro do ano passado e completará um ano nos próximos dias.
Locadoras – Até outubro as montadoras conseguiram entregar cerca de 326 mil unidades ao setor de locação, contra 360 mil unidades em igual período do ano passado. Até dezembro a expectativa é de que as entregas somem 400 mil unidades, segundo Moraes.
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