São Paulo – A Cummins projeta crescimento de 5% a 10% da sua produção de motores no Brasil em 2022. O tamanho da variação positiva dependerá da situação da cadeia de fornecimento, que passa, atualmente, por uma crise que afeta a todos os degraus da indústria automotiva, segundo Adriano Rishi, seu presidente. De toda forma ele considera “muito positivo” este avanço, caso se confirme.
Em 2022, quando iniciará a produção em série dos motores Euro 6 que chegarão ao mercado em 2023, a empresa também continuará investindo no País, com valores de R$ 50 milhões a R$ 65 milhões, média que foi investida nos últimos três anos. A Cummins passa pela maior transformação de sua fábrica instalada em Guarulhos, SP, que já recebeu investimentos de R$ 170 milhões para produzir os Euro 6.
A chegada de catorze novos robôs até dezembro, com alguns já em operação, é uma das principais mudanças a caminho de uma produção ainda mais moderna e maior qualidade dos motores. A unidade também recebeu uma nova linha de pós-tratamento para motores Euro 6, ainda de baixo volume: "No começo de 2022 a empresa consolidará o investimento nessa linha para que ela atenda altos volumes".
A nacionalização de componentes também foi considerado um ponto importante pelo executivo, por causa da desvalorização do real perante o dólar, o que causa impacto sobre os negócios por aqui. Por isso a empresa começará a produzir o cabeçote do motor F 3.8 no Brasil, seu produto de maior volume. A oferta de motores Euro 6 irá dos motores 2.8 litros até o 15 litros.
A Cummins espera encerrar este ano com a produção de 45 mil a 47 mil motores, incremento de 50% sobre 2020. Com relação a 2019, período pré-pandemia, quando a empresa começava retomada mais forte, a expansão será de até 42,4%.
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