São Paulo — A Renault confirmou o valor de seu próximo ciclo de investimento no Brasil: serão R$ 2 bilhões no período 2022-2025. O novo programa já tinha sido anunciado em março, mas ainda sem prazos ou cifras. Na quinta-feira, 30, em evento realizado no Palácio do Governo do Estado do Paraná, em Curitiba, José Vicente de los Mozos, vice-presidente executivo industrial do Grupo Renault, comunicou o plano ao governador Carlos Massa Ratinho Jr.
Los Mozos disse que “a América Latina é de grande importância para o Grupo Renault e estamos investindo para oferecer nos países do continente produtos alinhados à nossa estratégia mundial”.
Como foi informado em março, os recursos serão destinados à introdução, na fábrica de São José dos Pinhais, PR, da plataforma global CMF-B do Grupo Renault, que segundo a empresa será usada na fabricação de novos veículos no País, incluindo um novo SUV e versões eletrificadas de produtos. Na Europa diversos modelos compactos já são produzidos sobre a CMF-B, como o hatch Clio e os SUVs Captur e Arkana. Também faz parte do plano a produção no Brasil de um motor 1.0 turbo.
Segundo Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, o novo investimento está em linha com a estratégia global da empresa de focar no lançamento de produtos mais caros e rentáveis: “Após a renovação da nossa gama atual ocorrida nos últimos dois anos, o objetivo é oferecer novos produtos nos segmentos mais altos do mercado, coerente com o plano estratégico Renaulution”.
O novo programa sucede o último ciclo de R$ 1,1 bilhão anunciado em março de 2021, que termina neste semestre após a renovação do portfólio de produtos da Renault no País. Os lançamentos ao longo do último ano incluíram os elétricos importados Zoe E-Tech 100% e Kwid E-Tech, versões dos SUVs Captur e Duster equipados com o motor TCe 1.3 turboflex de 170 cv importado da Espanha, bem como as renovações do subcompacto Kwid, da van Master com motor diesel Euro 6 e da picape Oroch, esta também em versão com a motorização TCe 1.3.