São Paulo – Antonio Filosa, presidente da Stellantis na América do Sul, divulgou plano robusto para a América do Sul, onde programa o lançamento de 43 modelos até 2025, o que inclui trazer à região as versões Abarth e iniciar a produção da Ram no Brasil. Ele participou do 4º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, realizado de forma online de 15 a 19 de agosto pela AutoData Editora, e anunciou: novo ciclo de investimento está sendo desenhado pela companhia.
“Claramente precisamos de investimento para lançar carros. Não posso falar sobre valores, que são absolutamente relevantes, mas posso falar que lendo um pouco o que anunciaram nossos qualificadíssimos competidores da região o plano de investimento que está em aprovação pelo nosso acionista para cinco anos, de 2025 a 2030, pode ser superior à soma de todos os nossos competidores.”
O planejamento é robusto, segundo Filosa, mas não somente nas cifras: também na lógica que está sendo apresentada para justificá-lo: “Estamos falando em aumentar a cobertura de mercado, de entrar em segmentos em que nossa presença ainda não é relevante, em apostar em mercados nos quais queremos crescer, pois somos incipientes, em lançar marcas e tecnologias, a exemplo do lançamento da Abarth e a localização da Ram”.
Além dessas duas outras seis marcas, totalizando oito, terão maior ênfase na Stellantis na região. De acordo com o executivo haverá maior aposta em SUVs, carros de passageiros e picapes.
Força – Filosa assinalou que a junção de duas empresas, a FCA e a PSA, com a criação da Stellantis em janeiro de 2021, e a consequente representação de catorze marcas, confere força única à companhia que, não à toa, detém market share de 23,5% na América do Sul.
“As sinergias dessas empresas, somadas à mentalidade trazida pelo CEO global Carlos Tavares, permite liberar recursos que se transformam em investimentos imediatamente.”
E esses crescimentos são fundamentados, de acordo com o executivo, nas possibilidades de compartilhar plataformas e powertrain: “A Stellantis tem isso que ninguém tem, que é a possibilidade de juntar dois mundos, às vezes parecidos, às vezes complementares, que promovem a identificação de sinergias técnicas, tecnológicas e de inovação”.
Projeções – As perspectivas da Stellantis para o mercado sul-americano são de 5 milhões de unidades em 2030, a fim de retomar patamar alcançado em 2014, quando as vendas de 0 KM chegaram a 5,2 milhões de veículos.
Em 2025, quando as 43 novidades já terão chegado ao mercado, a companhia espera 4,5 milhões de emplacamentos. Para este ano são aguardadas as vendas de 3,6 milhões de veículos.
A maior participação da Stellantis no continente está na Argentina, com 33,7% de market share, e no Brasil, com 33,6%. Nos dois países a Fiat é líder, sendo o Strada o modelo mais vendido no País e o Cronos no mercado argentino. No Chile o market share chega a 11,1% com a Peugeot a maior responsável pelos emplacamentos.
O executivo disse que o fato de o acionista da Stellantis abrir as portas para novo plano de investimento, grandioso, significa o quanto ele acredita no Brasil, na Argentina e na América do Sul:
“Trata-se de um acionista que tem passado pessoal com o Brasil, onde morou e pelo qual tem tem carinho imenso. Mas, mais do que isto, ele acredita no que se pode construir para o futuro da companhia”.