Reiner Braun anunciou a chegada do i7 ao Brasil, seu modelo mais caro do portfólio
Elias Fausto, SP – A aposta do presidente da BMW para a América Latina, Reiner Braun, é de forte avanço da eletrificação no segmento premium na região. A depender do país, e dos incentivos que estes governos darem aos veículos eletrificados, ao menos metade das vendas regionais deverá ser de híbridos ou 100% elétricos até 2030.
No caso da BMW um a cada cinco modelos vendidos, atualmente, são híbridos ou elétricos. Mas Braun projeta mais avanço nos 100% elétricos: “Talvez, nos próximos dois anos, os híbridos ainda tenham grande participação, porque são a porta de entrada dessa tecnologia. Mas a tendência é de que esse cliente migre para o puro elétrico”.
Em entrevista exclusiva para a Agência AutoData o presidente do Grupo BMW para a América Latina afirmou que serão dez os lançamentos de eletrificados em 2023. E antecipou duas novidades: o elétrico i7, que será o BMW mais caro vendido no mercado local, e o SUV iX1 – este ainda não confirmado para o Brasil.
Com o avanço do seu portfólio elétrico junto com os veículos a combustão, grande parte produzidos em Araquari, SC, a BMW tem como meta liderar o mercado premium brasileiro em 2023, aumentando suas vendas na comparação com 2022 – mas Braun revelou volumes. O Brasil é o principal mercado da companhia na América Latina em vendas e faturamento, seguido pelo México.
A BMW seguirá apostando também no motor a combustão porque acredita na flexibilidade para atender a todos os clientes em todos os mercado em que opera, até porque o avanço da eletrificação ocorrerá em velocidades diferentes nas regiões, segundo o executivo. Braun antecipou mais um lançamento para 2023: o do novo M2, que começará a ser produzido em dezembro, no México, e vendido aqui.
Apostando suas fichas em todos os tipos de motorização o presidente disse que no futuro a fábrica de Araquari poderá produzir modelos eletrificados: “Desde o começo a unidade foi pensada para fabricar todas as variantes de motores. Desta forma sua arquitetura está pronta. É como acontece na Alemanha, onde produzimos elétricos, híbridos e veículos movidos a combustão na mesma linha. Tudo dependerá da demanda: se ela vier estamos preparados”.
Exportação de tecnologia – A BMW do Brasil também quer aumentar a participação da engenharia nacional em desenvolvimentos globais a partir do ano que vem pois a operação local é considerada um importante hub de desenvolvimento de softwares. Como exemplo o presidente citou a digital key, sistema que possibilita a abertura do veículo por smartphones e smartwatches,que foi desenvolvida no País e exportada para todo o mundo.