Mas vendas diretas sustentam o crescimento do mercado, segundo a Anfavea
São Paulo – A média diária de vendas de veículos em novembro, que chegou a 10,2 mil unidades, foi a maior desde dezembro de 2020, segundo a Anfavea. Nos vinte dias úteis do mês passado foram emplacados 204 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, um crescimento de 17,9% sobre o mesmo mês de 2021 e de 12,8% com relação a outubro.
A maior parte destas vendas, porém, não foi formalizada no varejo puro: apenas 46%, o menor índice para o ano, dos emplacamentos vieram das concessionárias. As locadoras responderam por 34% do total e os demais, que inclui produtores rurais e PcDs, representaram 20% das vendas.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, reconheceu que o crescimento das vendas nos últimos meses vem da demanda das locadoras, mas minimizou a situação: “Não nos assusta. No ano passado não conseguimos atender à demanda das empresas de locação, que acabaram recebendo menos carros do que queriam e tiveram sua frota envelhecida. Agora, com a normalização da produção, estamos atendendo aos pedidos das locadoras”.
Apesar do volume de veículos comercializados no ano, 1 milhão 888 mil unidades, ter ficado 1,3% abaixo das vendas do acumulado de janeiro a novembro de 2021, Lima Leite acredita, ainda, que a projeção de crescimento de 1% nas vendas deste ano, para 2 milhões 140 mil veículos, será alcançada.
“Precisamos vender 252 mil unidades em dezembro. É factível: em dezembro de 2019 foram 262 mil veículos e no último mês de 2020 244 mil unidades. Temos estoque e a produção consegue suportar esta demanda.”
Os estoques somaram 198 mil unidades ao fim do mês passado, sendo 75,5 mil nos pátios das fábricas e 122,5 mil nas concessionárias. É o suficiente para abastecer 29 dias de vendas.