Curitiba, PR – A Renault concederá férias coletivas de uma semana para cerca de 3,7 mil trabalhadores do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR. Segundo a empresa, a adoção da ferramenta de flexibilidade foi necessária para ajustar a produção à demanda do mercado:
“Haverá férias coletivas no período de 12 a 16 de junho para as fábricas de veículos de passeio, motores e injeção de alumínio. O retorno à produção está previsto para 19 de junho”.
Esses 3,7 mil metalúrgicos trabalham na produção de veículos de passeio. De acordo com a Renault os profissionais da fábrica de veículos utilitários não sairão de férias. O total de funcionários no complexo gira em torno de 6 mil, sendo cerca de 4,5 mil no chão de fábrica, onde são produzidos Kwid, Stepway, Logan, Duster, Captur, Oroch e Master.
Além dessa outra medida será tomada a fim de controlar o volume de veículos fabricados na planta paranaense enquanto houver queda na demanda: a partir de 3 de julho a unidade reduzirá seu efetivo de dois a um turno de produção pelo período de dois a três meses.
Entrarão em layoff 1 mil trabalhadores que, a depender das condições do mercado, podem ficar fora da fábrica e, concomitantemente, se qualificando no Senai, pelos dois meses previstos inicialmente ou por três meses.
A partir de 3 de julho saem em layoff profissionais que trabalham na fábrica de veículos de passeio. E, a partir de 10 de julho, operários das unidades de motores e injeção de alumínio.
“Durante o período de layoff a Renault fará o pagamento de uma compensação adicional até o limite de 85% do salário líquido, além de manter todos os benefícios atuais. Os participantes do layoff realizarão curso de qualificação com o Senai, que dá direito à bolsa qualificação mensal prevista em lei e paga pelo governo”.
Os 1 mil metalúrgicos que entrarão no layoff só saberão quem são após o retorno das férias coletivas. De acordo com a Renault o ciclo de planejamento envolvendo fornecedores é de cerca de três meses, portanto, ambas as decisões já haviam sido tomadas há algum tempo, e foram informadas aos trabalhadores em 30 de maio.
O que significa que a montadora já possuía essa previsão mesmo antes do possível anúncio de incentivo ao setor prometido para o dia 25 de maio, que poderá beneficiar o Kwid, atualmente um dos 0KM mais baratos do País, ao custo de R$ 68 mil 990, uma vez que a medida que concederá descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil inclui veículos de até R$ 120 mil.