“Estamos aguardando as regras do IPI verde e outras definições do Mover para dar um passo à frente no portfólio. Será um SUV da linha Haval, mas ainda não definimos qual”, disse André Leite, diretor das marcas Haval e Ora no Brasil. “Normalmente o índice de nacionalização começa mais baixo, mas temos que conhecer as regulamentações para alcançarmos a equação mais equilibrada”.
Até mesmo a definição do portfólio de importação está à espera das regras do Mover. Dependendo de como será regulamentado o IPI verde, alegou Leite, determinado modelo poderá passar à frente na lista: “Em outubro estivemos na China e demos uma olhada nas opções que temos na prateleira. Mas tudo depende de como serão as alíquotas do IPI verde”.
Ao contrário de sua conterrânea BYD, que demonstra agressividade em trazer volumes maiores de automóveis – em janeiro ocupou a décima posição do ranking local – a GWM tem como planejamento dar passos mais calmos. O objetivo, segundo Leite, é construir a marca antes de acelerar nos volumes. Ele descarta modelo na faixa dos R$ 100 mil, como a BYD fará com o Dolphin Mini, que tem lançamento programado para os próximos dias.
“Nossa intenção é preencher melhor a faixa de mercado de R$ 150 mil a R$ 230 mil. Não há planos de modelos abaixo disso. O objetivo é menos volume e mais construção de marca.”
No ano passado os licenciamentos dos modelos Haval H6 e Ora 03 somaram 11,5 mil unidades. A meta para 2024 é dobrar este volume: “Começamos a vender o Haval H6 em maio e o Ora 03 em novembro. Teremos um ano cheio para os dois modelos. O mínimo é dobrar”.
Da segunda-feira, 19, à quinta-feira, 22, a companhia recebe em torno de 2 mil pessoas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, onde oferece test-drives dos Haval H6 e Ora 03. O objetivo é fazer ao menos 1,5 mil testes.