Executivos da AGCO e Case Construction debateram o setor no Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024
São Paulo – A indústria de máquinas autopropulsadas encara momentos diferentes em 2024: enquanto o segmento de equipamentos para construção está desfrutando de uma alta demanda, com previsão de vendas de 31 mil a 34 mil máquinas no ano, a expectativa do segmento agrícola é de retração nas vendas em torno de 18% na comparação com 2023, quando foram vendidas 61 mil unidades. A situação do setor foi debatida por Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, e Carlos França, responsável pela Case Construction na América Latina, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024.
França disse que para a linha amarela um mercado acima de 30 mil unidades no ano deve ser sempre celebrado, pois é um resultado muito bom: “O mercado ficará estável, com uma pequena variação de 1% para cima ou para baixo”.
O executivo acredita que o mercado brasileiro vive um bom momento e tem perspectivas positivas para os próximos anos, arriscando uma projeção de crescimento de 5% para 2025 sobre 2024. A expansão se mostra cada vez mais sustentável, segundo França, que ressaltou que no Brasil ainda existe muito trabalho de infraestrutura que demandarão máquinas de construção.
Martorano afirmou que em máquinas agrícolas empresa trabalha com base na projeção da Abimaq, que é de recuo de 18% nas vendas na comparação com 2023, sendo que a projeção inicial era de 11%. O que pode ajudar o setor no segundo semestre é o anúncio do novo Plano Safra, que deverá acontecer nos próximos dias, com valor de cerca de R$ 500 bilhões:
“É um ponto muito importante que precisa sair, pois já está atrasado há quase um mês, e isso retarda a decisão de investimento dos agricultores, que aguardam para saber as condições e os valores que serão liberados”.