São Paulo – O teto de um ônibus elétrico de 15 metros produzido pela Eletra pegou fogo na tarde do sábado, 14, na garagem da Transppass, proprietária do veículo, instalada na Zona Oeste da Capital. O fogo iniciou na área onde ficam as baterias produzidas e fornecidas pela WEG, que junto com a Eletra investigará suas causas.
As duas empresas adotaram um protocolo internacional, que é recomendado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo quando ocorre incêndio envolvendo veículo elétrico: aguardar 48 horas para iniciar o processo de investigação. Isto porque as baterias de lítio podem passar por um processo de reignição, causando um novo incêndio. Após o fogo ser controlado o veículo ficou em observação e não foi registrado um segundo foco de incêndio.
Na noite do sábado os bombeiros seguiram o protocolo de trabalho e jogaram água durante 60 minutos no local das chamas, para resfriamento e segurança da garagem onde o veículo estava. Agora os engenheiros das duas empresas trabalharão juntos para desvendar o caso.
A Eletra ressaltou, em nota, que os seus ônibus elétricos, antes de serem homologados para vendas no País, “passam por rigorosos testes de órgãos federais com relação à segurança e a viabilidade operacional”.
O Corpo de Bombeiros, junto com a ABVE, entidade que representa o segmento eletrificado, debateram no primeiro semestre quais seriam os protocolos para instalação de eletropostos no País, com a intenção de criar normas necessárias no momento em que a demanda por este tipo de veículo cresce.
Na época a entidade informou que o momento da recarga é mais seguro do que quando o veículo está em circulação, pois existem diversos sensores que monitoram a temperatura do veículo. A ABVE questionou as normas sugeridas pelos bombeiros, consideradas muito rígidas.