São Paulo – O mercado de caminhões será, em 2025, maior do que o do ano passado. É o que segue apostando Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e serviços da Volkswagen Caminhões e Ônibus, mesmo com todas as dificuldades que existem no cenário atual. Ele participou do Fórum AutoData Perspectivas Caminhões na terça-feira, 18.
“Diante do cenário atual, de desafios e oportunidades, projetamos um mercado de 125,2 mil unidades esse ano, contra as 124,9 mil que foram comercializadas no ano passado. Acreditamos sim que o ano será bom, teremos mais volume e é a projeção que passamos aos nossos fornecedores”.
Mesmo com o seu otimismo de sempre, usando como base o bom desempenho do mercado de caminhões no primeiro bimestre, com alta de 10,8% nas vendas, Alouche citou alguns pontos de atenção que poderão reduzir o apetite dos clientes. Taxa de juros alta, com previsão de continuar subindo, perspectiva de aumento da inflação e o PIB crescendo abaixo do esperado, ainda que esteja em expansão, são alguns dos fatores negativos, assim como os conflitos geopolíticos que mexem com os custos de logística.
Diante do cenário com fatores negativos e crescimento apurado no primeiro bimestre, Alouche afirmou: “Estamos com o copo meio cheio ou meio vazio? Podemos olhar das duas formas”.
Mas ele insistiu em que o copo está meio cheio. A safra recorde de grãos do agronegócio, com perspectiva de chegar a 322,4 milhões de toneladas, e a renovação de frota das grandes empresas, que viram a idade média dos seus veículos chegar a 11 anos durante a pandemia, caindo para 9 em 2024, com média ideal de 5 a 8 anos, jogam a favor do mercado:
“Existe uma defasagem no mercado de 300 mil a 400 mil unidades. Não estamos falando de renovação de frota, mas de caminhões que precisam ser adquiridos ou trocados para atender demandas”.