São Paulo – A ZF anunciou redução de 7,5 mil vagas de trabalho na Alemanha no início do mês, um reflexo das dificuldaes que a cadeia de fornecedores tem enfrentado na transição para veículos elétricos, menor demanda por componentes de motores a combustão e acirramento da concorrência com fornecedores chineses.
O movimento da ZF não é isolado: outros sistemistas anunciaram medidas semelhantes na Alemanha. A Bosch tem plano de cortar 13 mil empregos, 3% do seu quadro do global, a Continental pretende eliminar 3 mil vagas e a Schaeffler anunciou redução de 3% dos seus 120 mil funcionários, segundo relatam as agências internacionais.
De janeiro a agosto a indústria automotiva alemã registrou um aumento no número de falências de empresas fornecedoras do setor, chegando a 36, contra 33 em iguais meses do ano passado, segundo relatório da consultoria Falkensteg. De acordo com projeção da agência de notícias Bloomberg junto com cortes na Volkswagen, Audi e Porsche, a indústria automotiva alemã deverá eliminar cerca de 100 mil vagas de emprego até 2030.
Voltando o foco para os híbridos
O corte da ZF afeta a sua fábrica de transmissões para veículos elétricos e as demissões representam 25% do quadro de funcionários da unidade. No local haverá mudança de direção, reduzindo os desenvolvimentos de transmissões para veículos elétricos e aumentando os investimentos em câmbios para veículos híbridos plug-in, como informou o CEO Mathias Miedrech:
“Estamos reduzindo os investimentos em veículos 100% elétricos porque provavelmente a transição global acontecerá mais tarde do que projetamos inicialmente”.