Com a chegada do Novo Polo, marcada para novembro nas concessionárias do País, nasce também mais uma nova Volkswagen – este é, pelo menos, o projeto da companhia, que está no Brasil há sessenta anos e que, agora, quer novamente se reinventar. Para isso o presidente David Powels disse que foram investidos na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, R$ 2,6 bilhões para prepará-la para os novos tempos, que são do Novo Polo e do sedã Virtus.
Esse valor faz parte do pacote de R$ 7 bilhões destinados à operação brasileira até 2020.
Quando a linha de produção estiver a todo vapor a VW abrirá um terceiro turno de trabalho:
“Em dois ou três meses abriremos o terceiro turno, mas não vamos contratar. Temos de duzentos a trezentos funcionários em regime de lay off. Antes de contratações usaremos todas as alternativas”.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC 687 empregados da empresa entraram em lay off este mês.
Hoje a fábrica tem cerca de 8 mil funcionários e dois turnos de trabalho. Por lá é produzida a Saveiro e já foi iniciada a montagem do Novo Polo. O presidente Powels afirmou que dois modelos da nova plataforma, MQB, serão montados na unidade: outros dois, um SUV e uma picape, serão produzidos em São José dos Pinhais, PR: “A renovação total de nossa linha acontecerá até 2020. Ela começa com o Novo Polo. Estamos trabalhando, há dezoito 18 meses, para construir essa nova Volkswagen”.
Os recursos já foram praticamente gastos, com o desenvolvimento do Novo Polo e do Virtus, com a preparação da linha para receber os novos veículos e com a nacionalização de peças. Segundo o executivo a meta é ter 75% de peças nacionais no Novo Polo: “Importamos componentes eletrônicos porque no Brasil não há escala de produção desses equipamentos. E trazemos o câmbio da Argentina”.
Ele destacou, também, os acordos coletivos que foram assinados em todas as unidades da VW no Brasil, que tornaram viável os investimentos por aqui: “São acordos para cinco anos, com foco no futuro, que ampliaram a flexibilidade e a produtividade. Isso demonstra a maior maturidade na relação da empresa com os empregados”.
Mercado – Essa nova empresa, segundo ele, é a sua aposta para ganhar mercado no Brasil onde, hoje, a VW ocupa uma incômoda terceira posição. Powels já declarou que este não é o lugar para a empresa: “2017 marcará a virada de página da Volkswagen aqui”.
Powels notou que este ano as vendas de automóveis e comerciais leves devem crescer de 5% a 7% e que, em 2018, outros 8%: “O mercado será melhor, mas não teremos um milagre, pois a recuperação será lenta. Estaremos preparados para ganhar participação com os novos produtos: o Novo Polo chega em novembro e o Virtus no primeiro trimestre do ano que vem”.
Foto: Divulgação
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