São Paulo – Dos dezesseis lançamentos programados pelas marcas da Stellantis – Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot, Ram e Leapmotor – no mercado brasileiro em 2026 seis serão de modelos eletrificados. Segundo o presidente Herlander Zola todas as fábricas locais terão ao menos um modelo híbrido em linha. Goiana será a que mais terá novidades: quatro novos modelos híbridos.
Em Betim, MG, de onde já saem o Fastback e o Pulse MHEV, mais um eletrificado será produzido, e Porto Real, RJ, terá o seu primeiro híbrido.
A fábrica sul-fluminense terá também um segundo turno de produção, segundo Zola, que estima que os movimentos deverão começar no início do ano, com as contratações – o número ainda não foi fechado – sendo feitas mais adiante. Deverá coincidir com a entrada em linha do Jeep Avenger, primeiro modelo não-Peugeot ou Citroën produzido ali, e com grandes possibilidades de ter uma versão híbrida.
Em Goiana, além da preparação para os quatro híbridos, serão promovidas as alterações para que modelos Leapmotor sejam produzidos, a princípio, em kits CKD ou SKD. Zola disse que há expectativa de que se inicie a montagem dos modelos já em 2026, mas admite que poderá ficar para o início do ano seguinte.
Em um mês de venda, afirmou o presidente da Stellantis, mais de 1 mil Leapmotor foram comercializados nas concessionárias. Eles ainda são importados da China.
Mas a grande novidade do ano que vem, ao menos em termos de expectativa de volume e impacto no mercado, sairá de Betim: um hatch, com base no Fiat Grande Panda europeu, mas com visual e possivelmente nome diferente. Ele será a estrela do cinquentenário da Fiat no mercado brasileiro e é o grande candidato a ter uma versão híbrida.
1 milhão de unidades na América do Sul
Em encontro com a imprensa na segunda-feira, 8, Zola fez o seu balanço do ano. Em 2025 a companhia projeta superar pela primeira vez o marco de 1 milhão de unidades vendidas na América do Sul – até novembro foram 906 mil.
“A região representa 5% das vendas globais de veículos. Na Stellantis, em 2025, representará 15% ou mais.”
No ano passado esta participação foi de 12%. O avanço, segundo Zola, se justifica pelo desempenho positivo na região e pela queda nas vendas em outros mercados, como Estados Unidos e Europa.
As expectativas para o mercado brasileiro, porém, não são tão otimistas: o executivo projeta mais um ano de crescimento tímido, como 2025, devido a fatores como eleições, grande número de feriados e a taxa de juros, que ainda está em patamar elevado: “Acho pouco provável que o mercado cresça muito em 2026”.



