A confiança parece que voltou com força ao setor automotivo. E a razão está nos números que sustentam a recuperação do mercado interno, a retomada de um ritmo de produção que traz de volta trabalhadores para as linhas de montagem e os recordes verificados nas exportações. Mas o presidente da Anfavea, Antônio Megale, vai além:
“A continuidade de investimentos das empresas tornam evidente a confiança de que o Brasil pode ser um dos cinco maiores produtores do mundo”.
Ele se referiu aos recentes aportes anunciados por General Motors e Volkswagen no País e deu sequência à lista de boas notícias com o resultado de produção de agosto: “Foi o melhor mês desde novembro de 2014. Há 33 meses não tínhamos um volume de produção como este, que é um sinal muito importante para 2017”.
No mês passado saíram das linhas de montagem 260 mil 349 unidades, crescimento de 45,7% com relação a igual período de 2016 e de 15,4% na comparação com junho, que até então havia sido o melhor desempenho da indústria nesse ano.
O atual ritmo de produção está trazendo de volta os trabalhadores afastados pelos regimes de proteção de emprego PSE [antigo PPE] e Lay off, segundo a Anfavea. Em junho eram 12 mil 198 funcionários em casa sob esses regimes. Em agosto o número de trabalhadores das linhas de montagem que ainda estão parados caiu para 3 mil 432.
Além disso as contratações tiveram ligeiro crescimento de 0,9%, ou 1 mil 107 novas vagas abertas em agosto: “Algumas empresas estão não só contratando mas aumentando a jornada de trabalho”.
Mais um sinal de que o setor automotivo começa a recuperar o ritmo dos bons tempos é o nível de estoque. São pouco mais de 220 mil unidades, com um pormenor importante: 148 mil desses veículos estão na rede e os outros 72 mil nas fábricas: “Um pouco menos no pátio das empresas e um pouco mais nos revendedores mostra o otimismo da rede”.
E a cereja do bolo das boas notícias que a Anfavea deu na quarta-feira, 6, no balanço do mês foi a revisão da projeção para todos os indicadores. Como a produção que, segundo a entidade, passará no fim do ano de 2 milhões 619 mil unidades para 2,7 milhões [25,2% de crescimento sobre 2016].
“Esse crescimento refletirá no crescimento da indústria como um todo”, observou Megale. “E isso é relevante para o País.”
Foto: Simão Salomão
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