AutoData - Mercedes-Benz projeta alta de 20% nas vendas de caminhões
Congresso AutoData 2018
10/10/2017

Mercedes-Benz projeta alta de 20% nas vendas de caminhões

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

A Mercedes-Benz projeta um crescimento de 20% no mercado de caminhões em 2018. De acordo com Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da empresa, a expectativa traz fôlego para o setor: “Há tempos não víamos com bons olhos o futuro próximo”, disse o executivo em palestra no Congresso AutoData Perspectivas.

“Os negócios estão se desprendendo da política e isso está se tornando uma realidade para o mercado de caminhões. Os grandes operadores logísticos estão pensando mais em crescer do que no próximo escândalo político.” A taxa de juros baixa e com tendência de queda, a previsão de crescimento do PIB acima de 2% e os cenários político e econômico mais favoráveis, segundo Leoncini, também ajudarão na recuperação do mercado.

Segundo o executivo, existe uma falta de vontade para levar adiante a renovação de frota. “Para iniciar a fiscalização de caminhões em mau estado não serão necessários grandes investimentos. Não precisa mexer no bolso de ninguém. É só começar a controlar o tráfego dos caminhões com mais de 30 anos para encontrar problemas de frenagem, iluminação e emissões.” Segundo Leoncini, essa fiscalização levaria a uma renovação de frota necessária, já que estes caminhões têm alto custo para circular. São 3,1 milhões de caminhões acima de 20 anos rodando no Brasil.

O modelo de negócios também deve mudar no futuro, se desprendendo um pouco do Finame: “Em alguns países, o transportador não quer ser dono da frota. Ele quer o caminhão para realizar o transporte e depois devolver para a empresa dona do veículo. Acredito que esse modelo virá para o Brasil. O agronegócio deve ser o primeiro a operar nesse modelo”.

Leoncini também destacou que as exportações poderão mudar sua rota. Em vez de cruzar o Atlântico, uma saída pelo Pacífico seria mais barata para negociar com o mercado chinês: “No atual modelo de exportações, não conseguimos ser muito competitivos na China”. De acordo com o executivo, para levar adiante a ideia seria necessário negociar com os países sul-americanos com saída para o Pacífico.

 

Foto: Maurício de Paiva