AutoData - PSA e CAOA apostam que luz à frente é o fim do túnel
Congresso AutoData 2018
10/10/2017

PSA e CAOA apostam que luz à frente é o fim do túnel

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

O crescimento parece inevitável para a indústria automotiva em 2018 e algumas empresas falam em crescimento acima de dois dígitos e outras esperam aumento menos expressivo – mas ninguém mais falou em queda para automóveis e comerciais leves durante o segundo dia do Congresso AutoData Perspectivas 2018. Fabrício Biondo, diretor de marketing e produto do Grupo PSA, faz parte do grupo mais otimista: “Estamos terminando o ano com boas notícias e começaremos o ano que vem com o pé direito. Acredito que o crescimento será de dois dígitos”.

Ele recordou que 2018 será um ano político – e não será fácil, pois no Brasil tudo pode acontecer – mas pontuou todo o cenário que levará o mercado a crescer:

“O risco de o cenário mudar por causa da política existe, pois o Brasil é uma bola de cristal, mas acredito que o setor está se desprendendo da política e que não será afetado pelas instabilidades pré-eleições. Existem também outros fatores que poderão levar o mercado ao espiral de crescimento, como a previsão de crescimento do PIB, a queda da taxa de juros e da inflação. É necessário lembrar que a base de crescimento ainda é pequena e que o volume de anos como 2012 e 2013 demorará a voltar”.

Durante o painel de automóveis o executivo da PSA dividiu o palco com o presidente da CAOA montadora, Mauro Correia, que também acredita no crescimento para o ano que vem mas com menos otimismo:

“Esperamos crescimento de 5% a 6% para o ano que vem, com volume de carros vendidos perto de 2,5 milhões, talvez um pouco mais. Estamos um pouco mais cautelosos por causa das eleições”.

Os motivos que fazem a CAOA esperar um crescimento são os mesmos citados pela PSA, acrescentada a taxa de câmbio favorável.

Para encarrar o mercado em crescimento cada empresa adotou planos diferentes. A CAOA renovou grande parte da sua rede, reformando concessionárias e abrindo novos pontos de venda, com doze novas em 2016 e 2017, chegando a um total de 126 lojas. A empresa também trouxe novos modelos para o Brasil, como o New Tucson e o New Elantra, e preparou sua área de pós-vendas para melhor atender aos clientes. E essas mudanças já começaram a refletir na participação de mercado da empresa, que encerrou o ano passado com 0,58% e já está com 1,07% no acumulado do ano.

A ação da PSA também apostou na renovação da sua rede de concessionárias, reformando algumas e abrindo 28 novas lojas Peugeot de 2015 a setembro de 2017, chegando a 106 pontos de vendas, e na modernização do sistema de pós-vendas, com novos programas de atendimento. Com relação aos novos produtos o plano da PSA é um pouco diferente, mirando o mercado de comerciais leves com o lançamento dos furgões Expert e Jumpy, a renovação da Partner e a chegada do Boxer e do Berlingo.

Para 2019 Fabricio Biondo acredita em mercado de 3 milhões de veículos vendidos, mas…: “Para o mercado chegar a esse volume é necessário que a geração de emprego cresça muito e que outras condições favoráveis continuem”.

 

Foto: Maurício de Paiva