AutoData - Desemprego tem pequena queda
Economia
31/10/2017

Desemprego tem pequena queda

Imagem ilustrativa da notícia: Desemprego tem pequena queda
Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

A taxa de desemprego no Brasil terminou o terceiro trimestre em 12,4%, recuo de 0,6 ponto porcentual na comparação com o segundo trimestre, 13%, segundo dados divulgados pelo IBGE, na terça-feira, 31. Comparado o resultado ao do mesmo período do ano passado houve aumento de 0,6 ponto porcentual na taxa de desemprego.

 

Em 2017 a taxa de desemprego caiu desde o primeiro trimestre, quando o IBGE registrou 13,7% e o setor automotivo poderia ter ajudado na redução desse índice, mas segundo Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, isso não aconteceu: “A indústria tem sua participação, mas é muito pequena se compararmos com outras áreas, pois o porcentual de empregos gerados é muito pequeno com relação à queda no nível de desemprego”.

 

Os números divulgados pela Anfavea sobre o nível de empregados das montadoras associadas até setembro é de 126,3 mil, alta de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que é pouco para impactar na queda da taxa de desemprego no País. No caso do Sindipeças, que não divulga o nível de empregos mês a mês, a expectativa para o fechamento do ano é de 164,6 mil colaboradores, com aumento de 1,5% com relação ao fechamento de 2016. Para 2018 a expectativa é que o número de vagas cresça 5%.

 

Também existe uma movimentação na geração de empregos que indica que o setor automotivo não está sendo tão participativo: “As novas vagas são voltadas para informalidade, como comércio e construção informais, que não tem registro em carteira, o que não costuma acontecer nas vagas geradas pelo setor automotivo”.

 

O IBGE destaca que, por causa da crise, 3,5 milhões de vagas com carteira assinada não estão mais disponíveis e que a expectativa para a geração de empregos em médio prazo no setor automotivo é incerta: “Viemos de uma crise econômica muito forte que também foi política, e no ano que vem teremos eleições. Por isso é muito complicado prever como será o aumento de vagas no setor automotivo”.

 

Fotos Púbicas/Camila Domingues/Palácio Piratini