A Neo Rodas, empresa especializada na produção de rodas para abastecer as OEM, foi fundada em 2016 após a aquisição de uma fábrica que fornecia rodas Rodão e Bino. Nesse curto período a fabricante caminha rapidamente para atingir sua capacidade máxima de produção. Diante do crescimento e as oportunidades no mercado anunciou, em março, a aquisição de ativos de uma fábrica nos Estados Unidos e agora prepara novo investimento em aumento de capacidade de atender essa demanda.
Luiz Carlos Massarenti, diretor comercial da empresa, em entrevista exclusiva a AutoData, falou sobre o ritmo de produção da fábrica em Vinhedo, SP, planos futuros de investimentos e projeções para o mercado brasileiro este ano. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
A fábrica está operando em 100% de sua capacidade? Em quantos turno e quantos funcionários? Existem planos de expandir a capacidade de produção?
Em algumas áreas a ocupação chega a picos que ultrapassam os 90%, mas estamos trabalhando em regime especial visando a garantir o atendimento da demanda. Na média nossa fábrica está perto de 85% de ocupação.
Estamos investindo em aumento de capacidade já para o segundo semestre deste ano, assim como fizemos no caso da compra dos ativos de uma fábrica nos Estados Unidos, sendo que temos também outros investimentos contratados e que terão o início em meados do ano.
No momento estamos trabalhando com 396 funcionários, em três turnos. Futuras contratações serão pontuais para atendimento de variações da demanda mensal em setores específicos, seguindo o mix de produção.
Qual a projeção de crescimento na produção para 2018?
Este ano previmos em nosso orçamento um incremento da ordem de 20% na produção de unidades para 2018 sobre 2017, porém pelo que observamos e vivenciamos no primeiro trimestre, esta alta pode passar de 30% caso a tendência dos primeiros meses se mantenha ao longo do ano.
Qual a projeção de alta no faturamento esse ano?
Conforme nosso orçamento anual o faturamento da empresa deve apresentar uma alta da ordem de 25% sobre 2017.
A Neo Rodas está buscando novos clientes no mercado brasileiro?
Sim, estamos em conversas avançadas com alguns novos clientes não somente no Brasil.
Com a operação quase no limite como fica a busca por novos clientes no mercado brasileiro? É possível atender mais clientes otimizando a logística de produção, por exemplo?
Estamos investindo em aumento de capacidade para o curto, médio e longo prazos, de forma que o relativamente alto nível de ocupação atual não tenha impacto na política comercial e na busca por novos clientes e novos negócios. Pois, afinal, uma vez que os novos projetos possuem um período de desenvolvimento e validação, que nos permite planejar a produção e os recursos com meses de antecedência, devemos garantir o atendimento da demanda de todos os clientes.
Quanto à logística de produção trabalhamos continuamente para otimizá-la, dentro das possibilidades técnicas e econômicas da empresa e daquelas que o mercado permite.
Como estão as exportações da empresa? Quanto do que é produzido é vendido para fora?
A participação das exportações em nossos negócios ainda é relativamente baixa, mas com viés de alta. Com novos negócios fechados com a Argentina e as entregas indiretas, via CKD das montadoras, como VW, GM, FCA e Lifan, o porcentual de produtos destinados à exportação está em 5%. Os aumentos devem ser intensificados no segundo semestre com alguns novos itens, e com mais impacto em 2019, com novos contratos, tanto com clientes atuais como novos em tratativas.
A empresa atingiu 1 milhão de unidades fabricadas no fim de março. Quanto deve atingir até dezembro?
O orçamento da empresa está em aproximadamente 900 mil rodas para 2018, mas se a alta do mercado se mantiver poderemos ultrapassar a marca de 1 milhão de rodas vendidas.
Qual a expectativa da Neo Rodas para a produção e vendas do setor automotivo em 2018?
Nas projeções de mercado que usamos como base para o nosso planejamento interno trabalhamos com os números divulgados periodicamente pela Anfavea e pelo Sindipeças em seus relatórios e estudos setoriais.
Foto: Divulgação.
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