AutoData - GM faz últimos acertos para iniciar renovação da linha
Montadora
25/05/2018

GM faz últimos acertos para iniciar renovação da linha

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – A General Motors faz os últimos acertos para dar o pontapé inicial na renovação de sua linha de modelos – no começo do mês, o presidente Carlos Zarlenga anunciou vinte novos produtos nos próximos quatro anos. A partir de segunda-feira, 28, os funcionários da fábrica de Gravataí, RS, entrarão em férias coletivas por quinze dias para que a empresa finalize a instalação da nova linha de montagem, de onde sairá um desses novos veículos.

 

O primeiro desses vinte lançamentos ocorrerá em breve, segundo Zarlenga. Durante a apresentação da linha 2019 do Onix, em São Paulo, na sexta-feira, 25, o presidente da GM revelou que ao menos dois destes modelos serão lançados ainda este ano, sem revelar pormenores. Apontou, porém, para a direção em que a empresa está mirando.

 

“Não quero adiantar muito, são vinte lançamentos em quatro anos e o Onix não faz parte [dessa lista]. Vamos entrar em novos segmentos. Tem SUV, crossovers, é um ambicioso programa de produtos, com subsegmentação dentro de SUVs e crossovers. Provavelmente nesse período de tempo a indústria poderá passar a vender mais SUVs do que os outros segmentos. Em 5 a 10 anos, os SUVs vão passar os outros segmentos em volume”.

 

A companhia prepara a fábrica de Gravataí para receber a nova família de veículos desde setembro do ano passado, quando retomou o terceiro turno e contratou setecentos funcionários. A linha que está sendo construída é fruto de investimento de R$ 1,4 bilhão que foi anunciado em 2017.  Em comunicado recente, a empresa informou que acelerou o processo de distribuição de veículos em estoque para atender aos pedidos das concessionárias no período em que estará com produção paralisada para reformas.

 

Gravataí e São Caetano do Sul concentram a produção dos modelos Chevrolet Onix, Prisma, Cobalt, Spin e Montana, que representam 75% das vendas da marca no País. Em Joinville são produzidos os motores e cabeçotes que equipam a gama da companhia no mercado nacional.

 

Zarlenga confirmou que todas as suas fábricas não operaram na sexta-feira devido ao desabastecimento de peças ocasionado pela greve dos caminhoneiros. “Teve impacto na produção, não só da GM, mas no geral. Esperamos uma resolução rápida do conflito para poder voltar a trabalhar”.

 

Rota 2030 – O presidente da GM está satisfeito com o possível texto final do novo programa automotivo, que ditará as regras para a indústria brasileira nos próximos anos. Nas últimas semanas a imprensa divulgou que os ministérios da Fazenda e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços fecharam acordo para incentivos de R$ 1,5 bilhão por ano, que seriam devolvidos à empresa por meio de descontos no Imposto de Renda e na CSLL em até quinze anos – uma espécie de Lei do Bem com prazo alongado.

 

Segundo ele, o acordo virtualmente fechado contempla os pontos que a indústria precisa para direcionar seus investimentos em tecnologia durante o ciclo do programa. “Foi muito positivo e vai gerar um investimento muito importante. Eu diria que bem acima até do Inovar-Auto”.

 

Colaborou Bruno de Oliveira

 

Foto: Divulgação.