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29/08/2018

Rota 2030 atrairá novos investimentos da BorgWarner

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – Assim como o Inovar Auto gerou demanda capaz de justificar a nacionalização de diversas linhas de produtos, sobretudo os que auxiliam no avanço da eficiência energética dos veículos, o Rota 2030 permitirá à BorgWarner trazer mais tecnologias para sua operação brasileira. Essa é a leitura de Vitor Maiellaro, seu diretor geral, sobre o novo regime automotivo – com a ressalva de que ainda não são conhecidos seus pormenores, à espera de decreto a ser publicado pelo governo.

 

Para o executivo a busca por eficiência energética obrigará as montadoras a adotar em seus futuros projetos produtos que estão disponíveis no portfólio da BorgWarner, justificando a produção local: “A BorgWarner tem como princípio atender ao cliente na região em que ele produz. Portanto é natural que estas linhas sejam instaladas em nossas unidades brasileiras”.

 

Maiellaro não citou exemplos de produtos, mas admitiu que já há consultas e pedidos de orçamentos por sistemas ainda não disponíveis no portfólio nacional: “As montadoras terão que entregar melhora na eficiência energética e em segurança veicular. Da parte de eficiência nós temos soluções”.

 

Ele recorda que, graças ao Inovar Auto, regime automotivo encerrado em dezembro, sistemas como turbo flex, corrente de sincronismo, comando variável de válvulas, embreagem viscosa e motores de partida, convencional e start stop, ganharam linhas nas fábricas locais da BorgWarner – em Itatiba e em Piracicaba, SP, e em Brusque, SC.

 

Graças ao Inovar Auto a companhia trouxe três novas unidades de negócio ao País – agora são cinco presentes aqui: a PDS, Power Drive Systems, que faz motores de partida e alternadores, a Turbo Systems, responsável pelos turbocompressores, a Morse Systems, de correntes, a Thermal Systems, que faz embreagens viscosas, e a Emission Systems, que produz sistemas de controle de emissões. Das seis disponíveis no mundo apenas a Transmission, que produz transmissões automáticas, não está no Brasil.

 

“Nossa produção vem crescendo, mas ainda não retornamos aos níveis de 2012, 2013. Temos ainda ociosidade nas fábricas, mas está cada dia menor e não impedem futuros investimentos.”

 

No ano que vem, ainda no primeiro semestre, a companhia começa a fornecer a partir de sua unidade de Itatiba o variador de fase para motores com comando variável de válvulas. A linha já está operando em testes, com os primeiros protótipos entregues para um cliente fazer a validação.

 

O que deverá demorar um pouco, mesmo após o impulso do Rota 2030, é a nacionalização de componentes híbridos e elétricos. Para Maiellaro não há espaço para isso nos próximos cinco anos, ao menos no Brasil: “Existem conversas, de engenheiro para engenheiro, que ainda não avançaram para o estágio de cotação. São apenas consultas. É preciso alto volume para reduzir os custos”.

 

Ele defende, também, a manutenção dos investimentos em tecnologias flex antes de partir para a eletrificação. Segundo o diretor geral da BorgWarner há um amplo espaço de crescimento na tecnologia do etanol a ser ainda explorado.

 

Foto: Divulgação.