São Paulo – Em dois ou três anos a tecnologia de conexão 5G deverá ganhar espaço na indústria automotiva global, com ao menos dezoito fabricantes adotando o sistema. A estimativa foi divulgada por Helio Oyama, diretor de gestão de produtos da Qualcomm, que participou do terceiro dia do Seminário AutoData Megatêndencias do Setor Automotivo – a Revisão das Perspectivas 2020.
Para ele a tecnologia já provou grande avanço na comparação com o 4G e possui muitos benefícios: "A velocidade de transmissão de dados chega a ser quinze vezes mais rápida do que a do 4G, a conexão é muito mais confiável e a latência também foi bem reduzida".
Nas fábricas as montadoras que adotam a Indústria 4.0 podem usar a tecnologia 5G para substituir os pontos de conexão por cabo, por exemplo, e também para conectar máquinas e robôs, elevando o nível de confiabilidade dessa conexão.
No Brasil a tecnologia parece um pouco mais distante, porque ainda falta o desenvolvimento da rede necessária para o seu uso. Oyama disse que espera-se que no ano que vem a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, regule as frequências que serão usadas pela rede no País, permitindo também que empresas comprem ou aluguem frequências específicas para conectar suas operações.
O setor automotivo global é o segundo maior braço de negócios da Qualcomm, representando mais de 20% do faturamento anual. Mais de 100 milhões de veículos já utilizam algum tipo de tecnologia da empresa, seja um chip ou um sistema de infotainment.
A Qualcomm também trabalha no desenvolvimento de tecnologias que serão usadas nos veículos autônomos e já oferece ao mercado o sistema ADAS, que reúne uma série de câmeras, radares e softwares para fazer a condução do veículo, assim como a tecnologia C-V2X, que permite a conexão e a comunicação de veículos com a infraestrutura da cidade e ajuda a reduzir acidentes.
Foto: Reprodução.