São Paulo — A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciou os primeiros ensaios da produção regular do caminhão elétrico e-Delivery na fábrica de Resende, RJ. De acordo com a companhia são executadas em espaço anexo à linha de montagem de caminhões e ônibus todas as etapas da manufatura do veículo, que deverá ser lançado no primeiro semestre de 2021.
Essa atividade precede a montagem regular do modelo e ainda é incerto o volume de veículos que serão montados ali. O que se sabe é que as unidades montadas têm o design final do produto, embora sejam consideradas protótipos por serem construídas com materiais que poderão sofrer alterações até o momento de entrar em produção para o mercado.
As unidades que sairão desta espécie de laboratório serão aplicadas no treinamento de operadores da fábrica. Equipes dedicadas estão sendo treinadas para as demandas específicas da propulsão elétrica, como montagem da bateria, comissionamento do veículo de alta voltagem e procedimentos de segurança.
A produção do modelo elétrico estava programada para ocorrer este ano mas a pandemia da covid-19 provocou atrasos no cronograma da empresa, que teve de adiar o processo em linha, de forma regular, para o ano que vem. Ele será construído dentro do que ficou estabelecido como e-Consórcio, conjunto formado por oito fornecedores.
"Começamos a consolidar nosso know-how também na manufatura de veículos elétricos", disse o presidente Roberto Cortes. "E avançamos no desenvolvimento de um portfólio nesse segmento, focados na validação estrutural, de durabilidade e outros requisitos funcionais do caminhão elétrico."
Foram anunciados mais de R$ 110 milhões em investimento na fábrica de Resende para a adequação da unidade à produção do veículo elétrico. Recentemente foram instalados novos carregadores com capacidade para recarregar as baterias dos caminhões em até 1 hora. A configuração final da linha segue, por ora, oculta atrás do segredo industrial.
O modelo de negócios protagonizado pelo e-Delivery também é outro assunto ainda sem definição. Uma das possibilidades aventadas pela montadora é a de o caminhão entrar como plataforma de mobilidade em contratos baseados na prestação de serviço.
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