São Paulo – A visão da Daimler e da Mercedes-Benz para o futuro é de caminhões elétricos para curtas e médias distâncias e movidos a células de hidrogênio para longos percursos. Embora já desenvolva estes modelos, e os elétricos deverão chegar às linhas europeias ainda em 2021, para o Brasil ainda há uma longa estrada, segundo seu presidente e CEO Karl Deppen, que participou do Seminário AutoData Megatendências 2021 na segunda-feira, 8.
“O uso de caminhões com novas fontes de energia deverá ocorrer no Brasil. No entanto isso só acontecerá em larga escala quando as tecnologias forem viáveis do ponto de vista tecnológico e ele seja rentável para o cliente, que investe em todo o ciclo de vida do produto.”
Até lá, continuou Deppen, a solução deverá ser tornar os motores diesel mais eficientes. Ele descartou a aplicação de modelos a gás, como adotados por suas concorrentes: “Para se obter uma redução significativa de CO2 o gás precisa ser biogás, gerado a partir de fontes renováveis. O gás de origem fóssil reduz de 12% a 15% em uma aplicação de transporte, com desvantagens para os clientes, como o maior custo do produto”.
Ele recordou que, na chegada do Euro 6, o conteúdo de biodiesel no diesel será elevado para 15%, restringindo ainda mais o benefício do gás.
Foto: Reprodução.