São Paulo – “Esses 30 minutos na caixa, na traseira do avião, esperando pela decolagem foram provavelmente a espera mais longa que já vivi.”
Assim Carlos Ghosn descreveu, em entrevista à rede inglesa BBC, a parte final de sua fuga do Japão em dezembro de 2019, para escapar do que considera um julgamento injusto. O executivo nascido em Porto Velho, RO, era CEO da Aliança Renault Nissan Mitsubishi e foi detido em Tóquio um ano antes acusado de não declarar corretamente seu salário e outros benefícios pela Justiça japonesa.
Sua fuga foi cinematográfica: ele relata ter se escondido em uma caixa, junto a instrumentos musicais, que foi carregada por pessoas disfarçadas de músicos de um hotel ao aeroporto. Até chegar a este hotel Ghosn transitou disfarçado por trens e táxis para não ser reconhecido.
“Preciso admitir: organizei um plano bem arrojado para fugir.”
Deu certo. Hoje Ghosn vive no Líbano, país do qual é cidadão e que não mantém acordo de extradição com o Japão.
Clique aqui para assistir o trecho da entrevista, de cerca de 7 minutos, à BBC.
Foto: Divulgação.