São Paulo – Dois modelos completamente novos passarão a ser produzidos pela Caoa Chery em Anápolis, GO, e/ou Jacareí, SP, no ano que vem. Com eles, e com todo o portfólio atual, a atual décima colocada do ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves – superou a Ford no mês passado – tem como meta crescer ao menos 50% em volume, ganhando 1 ponto de participação a mais nas vendas locais.
De 2021 a Caoa Chery não tem muito o que reclamar: alcançou o Top 10, mais do que dobrou suas vendas – a expectativa é chegar a volume próximo a 40 mil unidades – e fechará o ano com 2% de fatia no mercado local. Segundo o CEO Marcio Alfonso o objetivo para 2022 é 3%, com pouco mais de 60 mil unidades comercializadas.
“Estou meio com o pé no chão: ainda há muita instabilidade na logística, com muito atraso, rotas que são canceladas. Por isso acredito que o mercado fique, no ano que vem, próximo a 2,1 milhões de unidades.”
Embora na questão dos semicondutores a Caoa Chery não tenha sofrido muito o contexto logístico atrapalhou bastante o planejamento produtivo, de acordo com o CEO. Muitos componentes são importados, ainda, e grande parte vem da China. O índice de nacionalização, em média, está em 30% a 40%, mas crescente.
“Nós tivemos que adaptar o processo logístico inteiro, promover alterações nas linhas. Agora montamos conjuntos separados e mandamos para a linha quando sabemos que temos todas as partes de um carro para ser montado. Quase não temos estoque.”
As fábricas pararão no fim do ano: Anápolis de 25 a 31 de dezembro e Jacareí de 27 de dezembro a 9 de janeiro.
Além dos dois modelos novos a Caoa Chery planeja expandir sua oferta de eletrificados. A intenção é, já no ano que vem, oferecer um híbrido plug-in e outro elétrico, para fazer companhia ao Arrizo 5e. Alfonso deu pistas: pode ser, por que não?, a versão elétrica do QQ, que em breve será lançada na China. Os eletrificados, ainda, serão todos importados.
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