Saíram das linhas de montagem brasileiras 246,7 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus no mês passado
São Paulo – Desde outubro de 2019, quando saíram das linhas de montagem 288,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, a indústria automotiva brasileira não produzia tantos veículos: em julho, segundo divulgou a Anfavea na quarta-feira, 7, foram 246,7 mil unidades.
O resultado superou em 16,9% o volume produzido em junho, 211 mil unidades, e em 34,8% a produção de julho do ano passado, 183 mil. Desempenho considerado excelente pelo presidente Márcio de Lima Leite:
“Colaboraram com o resultado os três dias úteis a mais do que junho, e um a mais do que julho do ano passado, até porque, na média diária, a produção avançou menos do que 2%. Mas temos alguns fatores relevantes, como por exemplo a retomada da produção, quase que normal, das fábricas após as enchentes no Rio Grande do Sul. Ainda temos casos bem pontuais de falta de peças, mas no geral já retornou tudo”.
Bons desempenhos no mercado doméstico e o ensaio de retomada das exportações, que Lima Leite prefere aguardar o desempenho dos meses seguintes para saber se é uma tendência ou se foi caso isolado, também puxam a produção.
No acumulado de janeiro a julho o saldo ficou 5,3% positivo, somando 1 milhão 385 mil veículos produzidos.
O presidente da Anfavea destacou, também, a geração de empregos: de julho de 2023 ao fim do mês passado foram criados 5 mil postos de trabalho.
“A geração de empregos está coerente com os investimentos de cerca de R$ 130 bilhões aplicados pela indústria. Calculamos que a cada emprego gerado nas montadoras outros dez são criados na cadeia, então estimamos que a indústria criou em torno de 50 mil novos empregos em um ano”.