Resende, RJ – A próxima edição da Fenatran, a vigésima-quarta, maior feira de transporte e logística da América Latina, realizada no São Paulo Expo em novembro, será um evento essencialmente de negócios, como deveria ter sido a edição anterior, realizada em 2022, período marcado por antecipação de compras de caminhões Euro 5 às vésperas da transição de tecnologia para o Euro 6 e consequente aumento de preços. Foi o que analisou o vice-presidente de vendas, marketing e serviços da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche.
“Em 2022 estávamos lançando uma promessa, veículos bons, robustos e inovadores, mas que custavam em torno de 15% mais caros. Não era uma feira de fechamento de negócios. Agora o produto está maturado e a economia apontando sinais positivos, com aumento do PIB e queda da inflação. Tudo indica que teremos um bom ano de negócios em 2025”.
Ele projeta incremento nos negócios de pelo menos 10% a 15% frente à edição de dois anos atrás. Alouche ressaltou que clientes do agronegócio deverão aproveitar a feira para antecipar a compra de caminhões para a safra, pois então os receberão até março, ao passo que se deixarem para ir às compras no início do ano não terão os veículos a tempo.
Para concretizar as estimativas da companhia Alouche contou que serão exibidos dois protótipos de teste para o mercado. O executivo não deu pormenores: apenas afirmou que não serão veículos de série. Há, portanto, a possibilidade de que tenha relação com veículo a gás, segmento do qual a VW Caminhões e Ônibus ainda não participa.
Durante o evento serão mostradas aos clientes as três novidades, Meteor Highline 29 530, Meteor HD 28 480 e Constellation 20 480, apresentadas à imprensa na quarta-feira, 25. Os dois primeiros passaram a ter, de série, pacote com central multimídia com 110 novas funções, sendo que o segundo ganhou sobrenome Heavy Duty para atrelar carreta de quatro eixos no 6×2. O terceiro é agora oferecido em versão com motor D26 de 13 litros e 480 cv no 4×2 – n Highline, neste caso, é opcional.
O Meteor, a propósito, terá a opção de sair de fábrica com o retarder, freio auxiliar. Segundo Alouche alguns proprietários realizam esta adaptação fora mas, a partir de agora, será oferecido como opcional, a um valor em torno de R$ 35 mil:
“Antes não era grande o volume de clientes que pedia, era algo de nicho e que custava caro, então fomos priorizando. Recentemente tem se tornado padrão para determinadas operações, por exemplo, transporte de combustível”.
Também será divulgado pela empresa na Fenatran o serviço de bloqueio remoto do caminhão, que chegará ao mercado no primeiro semestre do ano que vem. Segundo Ricardo Alouche a VW Caminhões e Ônibus é a primeira a oferecer o serviço diretamente – hoje empresas terceirizadas de telemetria o realizam.