São Paulo – Metade dos brasileiros que desejam, nos próximos dois anos, comprar um carro novo consideram um modelo eletrificado. E três em cada dez descartam um modelo apenas com motor a combustão, segundo a pesquisa realizada pela Teads no fim do ano passado e apresentada no Seminário Brasil Elétrico 2024, organizado por AutoData.
A Teads entrevistou quatrocentas pessoas no Brasil, dentro de estudo global que ouviu mais de 6 mil consumidores que têm no horizonte de dois anos a pretensão de trocar de carro. Sua head de insights, Cau Stéfani, apontou, ainda, que a faixa de 35 a 44 anos é a que mais considera alternativas ao motor movido a combustão interna:
“As alternativas eletrificadas são consideradas oportunidade de upgrade, para um veículo maior ou mais premium, pelos que pretendem comprar um carro novo, tanto híbrido como elétrico. Uma parcela também enxerga no eletrificado um veículo adicional”.
Dentre aqueles que consideram híbridos ou elétricos veículos de marcas com origem na China já estão no leque de opções: “Estes consumidores que miram os eletrificados são mais informados do que os que consideram também os modelos a combustão. Neste recorte são citadas, inclusive, marcas que ainda não estão presentes no mercado brasileiros mas que são reconhecidas por que eles pesquisam o assunto”.
O processo, segundo Stéfani, é altamente digital e o comprador mais exigente. Tecnologia, boa experiência de dirigir, impacto ambiental, design e marca são fatores considerados pelos que pretendem comprar um eletrificado em porcentual bem acima da média das respostas.
Também foram apontados fatores que fariam esse pretendente de eletrificado cancelar ou postergar a sua compra: a falta de infraestrutura, vida útil da bateria e a autonomia do elétrico.
Stéfani concluiu que o caminho para as marcas que buscam o eletrificado são os canais digitais, porque são onde este consumidor procura informação e tem mais possibilidades de receber o impacto gerado por conteúdos direcionados.