São Paulo – Mesmo diante de todos os esforços, investimentos e desenvolvimentos visando à descarbonização chegará um momento em que as indústrias e os países alcançarão o teto, não sendo mais possível reduzir o CO2 emitido. Para alcançar o zero emissão, portanto, será necessário lançar mão de créditos de carbono, um mercado ainda não regulamentado no Brasil mas extremamente promissor devido às condições do País.
Algumas iniciativas já existem por aqui e foram apresentadas por Fernando Beltrame, CEO da Eccaplan, consultoria em soluções em carbono, no Seminário Brasil Elétrico 2024, organizado por AutoData. A empresa dispõe de ferramentas, certificações e caminhos que ajudam a neutralizar a emissão de gases do efeito estufa em determinadas operações.
Foi a Eccaplan que colaborou no processo de compensação de CO2 dos carros testados pelo diretor de Redação de AutoData, Leandro Alves, relatado em recente reportagem publicada na Agência AutoData. Beltrame disse que empresas como Scania, Iveco e Mercedes-Benz já procuraram a consultoria para projetos de compensação.
“No Brasil ainda não existe regulamentação nem obrigação para compensar os GEE emitidos. Mas existem iniciativas próprias, como a realização de eventos carbono neutro, nos quais colaboramos.”
Os créditos de carbono são obtidos em projetos de agricultura sustentável ou de manutenção de áreas florestais, por exemplo – sempre após avaliação, certificação e comprovação dessas iniciativas: “São metodologias estabelecidas globalmente e seguidas por todos os países e empresas em todos os cantos do mundo”.
No País está em tramitação projeto de lei que regulamenta os créditos de carbono, parado no Congresso desde o fim do ano passado.