Elias Fausto, SP – Apenas motores movidos a gasolina e a diesel com mais de 200 cv de potência empurram as picapes bem acabadas e recheadas de itens de conforto, segurança e entretenimento comercializadas pela Ram no mercado brasileiro. Em tempos de descarbonização e busca por mais eficiência energética a pergunta é inevitável: e quando chegarão os motores flex?
O vice-presidente da Ram para a América do Sul, Juliano Machado, respondeu: ainda não saiu do papel, mas está no horizonte o desenvolvimento de motores flex para as picapes: “Fazemos diversas clínicas com clientes durante o ano e este tema costuma surgir. Especialmente no Interior de São Paulo estamos começando a sentir a demanda. Os clientes perguntam, inclusive falando de motor somente a etanol”.
Machado deixou claro, entretanto, que por enquanto são apenas demandas dos clientes, não existindo desenvolvimentos em curso. Do portfólio da Ram no Brasil a Rampage, sua picape de entrada, seria a candidata a ter motores flex dentro do seu capô.
Atualmente os motores turbodiesel 2.2 litro e Hurricane 4 turbo gasolina, ambos importados da Itália, equipam as Rampage vendidas no País. Outro caminho para a descarbonização seria a eletrificação das picapes, por meio da tecnologia Bio Hybrid – tecnicamente possível mas ainda não cogitada no curto prazo, de acordo com Machado.
Produzida em Goiana, PE, a Rampage é a picape mais vendida da Ram, com 17,7 mil unidades vendidas de janeiro a setembro – da marca foram 22,5 mil emplacamentos. Machado projeta vendas na casa das 33 mil unidades, chegando próximo às 40 mil no ano que vem.
A rede, hoje com 128 concessionárias, partiu de 110 em janeiro e deverá encerrar 2024 com 135, a sua grande maioria dividida com a Jeep – apenas oito casas são exclusivas Ram.