São Paulo – Representantes de fornecedores da Nissan, trabalhadores e integrantes do governo da província de Córdoba se reuniram na sede do Ministério do Trabalho da Argentina para discutir a respeito do futuro da Nissan naquele país. Existem rumores, não confirmados e nem negados pela companhia, de que a produção da picape Frontier será interrompida na unidade de Santa Isabel, que é compartilhada com a Renault, até o final do ano.
A Nissan não enviou nenhum representante para o encontro, segundo reportagem da publicação local Tiempo Argentino. Os rumores ganharam corpo porque a produção da picape foi suspensa esta semana com a alegação de falta de insumos. Oficialmente a companhia informou a outra publicação, Motor 1 Argentina, que “estuda regularmente possíveis oportunidades para otimizar as operações de produção. Não anunciamos nenhuma mudança em nossos planos de produção na Argentina”.
A Maxion Montich, fornecedora de chassis para a Frontier, solicitou ao governo a aprovação de um Procedimento Preventivo de Crise, uma ferramenta que permite flexibilização da jornada, redução de salários a adoção de banco de horas, dentre outros instrumentos. Por enquanto foi a única, embora o ritmo de produção na unidade tenha reduzido.
Os rumores apontam que o projeto de uma nova geração da Frontier também foi cancelado. Segundo cálculos do Tiempo Argentina o fim da produção da picape coloca em risco quinhentos empregos diretos e outros 1,5 mil indiretos.
De toda forma, caso a Nissan deixe de produzir na Argentina, a fábrica que divide com a Renault não corre risco, pois os franceses anunciaram no ano passado investimento de US$ 350 milhões para produzir uma picape, derivada do conceito Niágara, na fábrica – e que pode ter, também uma versão Nissan, assim como a Frontier tem sua equivalente Renault, a Alaskan, que não chegou ao mercado brasileiro.