Guy Rodriguez, presidente para a América Latina, disse que crises vêm e vão e negócio deve ser a preocupação principal
Resende, RJ – As idas e vindas das tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump nos Estados Unidos são só mais um dos diversos desafios enfrentados pela indústria automotiva nos últimos anos, relembrou Guy Rodriguez, presidente da Nissan América Latina. Em conversa com jornalistas na terça-feira, 15, antes da cerimônia de início da produção da nova geração do Kicks, ele tentou desconversar sobre o assunto e disse que o foco da companhia está em seus negócios próprios.
“Nos últimos anos enfrentamos a pandemia, a crise logística e a escassez de semicondutores. Sempre haverá um desafio novo para enfrentarmos, por isso digo a nossos colaboradores que precisamos trabalhar em nosso negócio, no nosso dia a dia e em desenvolver novos produtos.”
“A Nissan no México é a que mais fabrica para o mercado local. A maior parte da nossa produção tem como destino este mercado. Muitas empresas lá instaladas produzem muito para a exportação, o que não é o nosso caso. Somos líderes de vendas há dezessete anos, com mais de 17% de participação”.
O presidente para a América Latina destacou também que a região produz 25% do volume global e 15% das vendas: “E 92% das vendas na América Latina é de carro produzido em alguma fábrica da região”.
Nada muda também em Resende, onde a produção do novo Kicks foi iniciada e um novo SUV, exclusivo para a região, será incorporado em breve. Segundo Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil, o modelo será exportado para vinte países da região, incluindo o México.
Seu plano no longo prazo – ele não estipulou data – é alcançar 7% de participação no mercado brasileiro. De janeiro a março as vendas somaram 3,7%:
“Hoje produzimos somente o Kicks. Aumentaremos nosso portfólio. Somente com a entrada do novo Kicks na linha temos potencial em ampliar em 15% a produção de Resende”.