Librelato anuncia mudança no conselho de administração de sua holding

São Paulo – A Librelato anunciou mudança na governança do grupo Librepar, holding controladora da marca: os três sócios‑fundadores, Aloir Librelato, João Alberto Librelato e Gilmar Librelato, deixam o conselho de administração e passam a integrar exclusivamente o conselho de acionistas, em que assumem foco ampliado em decisões estratégicas e de longo prazo.

De acordo com a fabricante de implementos rodoviários esta medida representa novo estágio de profissionalização da gestão, alinhado às melhores práticas de mercado, sucessão estruturada e fortalecimento institucional. 

Com a alteração o conselho de administração recebe três profissionais, sendo que José Carlos Sprícigo, ex-CEO da Librelato e atual responsável pelas relações institucionais da Librepar, torna-se presidente do conselho, cargo até então ocupado por Aloir Librelato. 

Foram nomeados também Vilmar Costa, advogado especializado em direito empresarial e societário, e Leia Wesling, psicóloga, especialista em governança corporativa, cultura organizacional, gestão estratégica de pessoas e processos de integração em M&A.

A holding conta com parque industrial formado por nove unidades industriais, sendo cinco em Santa Catarina e, o restante, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, e emprega 2,5 mil profissionais.

Volkswagen traz a eletrificação para o Brasil em 2026

São Paulo – A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, produzirá o primeiro Volkswagen híbrido nacional a partir do ano que vem. Este foi um dos anúncios feitos pela companhia em encontro com a imprensa na quarta-feira, 10, quando também premiou AutoData pela reportagem especial do lançamento do Tera.

Assim a empresa ingressa de vez na eletrificação, movimento que será tendência a partir das novas metas de eficiência energética que o governo anunciará dentro do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação. A Volkswagen não informou qual veículo será o primeiro eletrificado nacional, mas adiantou que uma nova plataforma, a MQB37, será instalada no ABC Paulista.

Outra novidade adiantada pela Volkswagen foi o lançamento do Tiguan no ano que vem, ainda sem prazo definido. Ele será importado do México, onde está equipado com o motor 1.4 turbo, o mesmo do Taos que também passou a vir de lá.

Segundo o presidente Ciro Possobom a meta para 2026 é, mais uma vez, crescer acima da média do mercado. Até novembro a companhia somou 388 mil emplacamentos, avanço de 7% sobre o mesmo período do ano passado. “O mercado deverá crescer pouco em 2026, por causa dos juros altos, embora eles tendem a cair ao longo do ano. Teremos também Copa do Mundo e eleições. Projetamos algo em torno de 2% a 3% de alta sobre o volume deste ano”.

Na semana que vem ele, Alexander Seitz, chairman da VW América do Sul, e outros integrantes do comitê executivo viajam para a Alemanha onde apresentarão os resultados da região em 2025, que registra alta superior a 14% nas vendas. Segundo Seitz o Brasil passou a ser o terceiro maior mercado da VW no mundo:

“O Brasil já deu dor de cabeça à matriz, hoje não dá mais”, afirmou, acrescentando que oportunidades de exportação poderão surgir na reunião. Hoje a Volkswagen exporta em torno de 25% de sua produção nacional.

Seitz também adiantou qual é o planejamento no médio prazo: “Nosso objetivo é a liderança na América do Sul”.

Reportagem de AutoData é premiada pela Volkswagen

São Paulo – A série especial de reportagens sobre o lançamento do Volkswagen Tera, publicada na revista AutoData 422, de junho, foi premiada pela companhia na primeira edição do Prêmio Gutenberg de Comunicação, que tem como objetivo reconhecer as melhores reportagens e vídeos produzidos pela imprensa e pelos criadores de conteúdos sobre a Volkswagen. 

Foram dois troféus entregues na noite de quarta-feira, 10, aos editores Pedro Kutney e André Barros em cerimônia no Teatro Villa Lobos, em São Paulo: a Matéria Corporativa + ESG do Ano e a Melhor do Ano, que reuniu todos os vencedores das cinco categorias e, a partir daí, selecionou a grande campeã.

Pedro Kutney e André Barros. Fotos: Divulgação.

A reportagem especial vencedora é fruto de um trabalho que teve como objetivo mostrar como o VW Tera transformou a Volkswagen, sua missão dentro do negócio da companhia e, também, mostrar todos os pormenores do principal lançamento da empresa no ano ao leitor. Foram mais de 27 páginas produzidas pelo editor Pedro Kutney.

O Prêmio Gutenberg foi criado pela Volkswagen este ano, com o objetivo de valorizar o trabalho da imprensa. A companhia tem iniciativas também voltada a fornecedores, concessionários e colaboradores, e faltava a imprensa, na visão da diretoria um stakeholder importante nos negócios, ser reconhecida por aqui.

Além de AutoData foram premiados, em outras categorias, a revista Quatro Rodas, o portal Exame, o programa Auto Record Brasília, e a influenciadora digital Juciene Witjes.

Vendas de eletrificados avançam 38% até novembro

São Paulo –  De janeiro a novembro foram emplacados no mercado brasileiro 245 mil 509 veículos eletrificados, incluídos BEV, PHEV, HEV e MHEV, avanço de 38% frente aos 177 mil 358 registros dos onze meses de 2024, de acordo com os dados divulgados pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

Em novembro foram comercializados 26 mil 115 carros elétricos e híbridos, 47% acima dos 17 mil 143 veículos vendidos no mesmo mês do ano passado. Porém, na comparação com outubro, quando foram emplacadas 27 mil 750 unidades, houve queda de 5,9%.

Maior parte das vendas no mês é de híbridos plug-in

Dos 26 mil 115 veículos eletrificados vendidos no Brasil no mês passado 9 mil 680 foram PHEV, o equivalente a 37% do total e, 7 mil 263, 100% elétricos – correspondente a fatia de 27,8%. Na terceira posição apareceram os MHEV, com 4 mil 906 ou 18,8%.

Na sequência estão os híbridos convencionais, que totalizaram 2 mil 357 unidades ou 9% do total, e os HEV Flex, dos quais foram emplacadas 1 mil 909 unidades no mês passado, correspondente a parcela de 7,5%. Somadas, as vendas alcançaram 4 mil 266 ou 17%.

Ônibus elétricos avançam 136% no ano

Quanto aos ônibus a bateria foram emplacadas 26 unidades, queda de 70% em comparação a outubro, em que foram comercializadas 87, e alta de 23,8% sobre novembro de 2024, com 21.

De janeiro a novembro 662 ônibus elétricos foram vendidos no Brasil, 136,4% acima dos primeiros onze meses do ano passado, que contou com 280 unidades.

Dos 26 ônibus elétricos vendidos em novembro, de acordo com a ABVE, 25 estão rodando em São Paulo e, um, em Aracaju, SE.

Omoda Jaecoo contrata Roger Corassa para vice-presidente

São Paulo – O plano de Roger Corassa de, após deixar o cargo de vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, descansar por seis meses foi frustrado. Embora tenha conseguido aproveitar um certo período com a família, o executivo com mais de 32 anos de experiência na indústria automotiva aceitou o convite da Omoda Jaecoo e assume, a partir de janeiro, a vice-presidência executiva para a operação brasileira.

Corassa esteve nos últimos cinco anos na Volkswagen e, antes, passou mais de vinte na FCA, depois Stellantis. Responderá a Peng Hu, o responsável geral pela divisão local, de grande importância para a companhia de origem chinesa que só tem operações fora da China. E chega com uma missão que é, por ele, considerada a número zero: definir e estruturar a produção local dos modelos Omoda e Jaecoo.

Peng Hu. Fotos: Divulgação.

“Já a partir de janeiro vou ficar focado neste desafio”, afirmou Corassa a um grupo de jornalistas na quarta-feira, 10. “A operação de importação está desenhada, encaminhada e funcionando bem, mas não é desta maneira que desejamos seguir. Por ora a importação resolve, mas quanto mais cedo resolvermos a questão da fábrica, mais oportunidades teremos”.

Ele não quis entrar em pormenores e disse que todas as possibilidades continuam na mesa: uma operação própria, parceria e até período de transição de montagem para uma produção mais robusta local. O fato, garantiu, é que a Omoda Jaecoo terá produção e desenvolverá fornecedores locais.

Corassa assume posição em uma empresa com menos de um ano de operação comercial no Brasil e mais de 5,2 mil unidades emplacadas, 1,2 mil somente em novembro. São setenta concessionárias em operação em uma rede que deverá crescer para mais de cem pontos de vendas em 2026, quando tem objetivo de comercializar 50 mil unidades.

Estar próxima do Top 10 do mercado nacional é outra meta da Omoda Jaecoo. Seu planejamento, portanto, inclui ir além da oferta de modelos híbridos e elétricos: está investindo R$ 15 milhões no desenvolvimento de um motor flex, que poderá ser combinado com sistemas híbridos, fechados, leves ou plug-in. A expectativa é a de que a tecnologia flex esteja disponível no portfólio a partir de 2027, eletrificada ou não.

Para 2026 a Omoda Jaecoo promete três lançamentos: os SUVs Jaecoo 5, no primeiro semestre, Jaecoo 8SHS, no terceiro trimestre, e o Omoda 4, para o último trimestre. O último, com porte de SUV compacto como Volkswagen T-Cross e Nissan Kait, tem acabamento mais simples, terá preço “extremamente competitivo”, garantiu o novo vice-presidente.

Omoda 4. Fotos: Divulgação.

Vendas de importados da Abeifa crescem 30%

São Paulo – Foram comercializados, de janeiro a novembro, 118 mil 168 veículos importados das dez marcas associadas à Abeifa, 30,3% acima dos onze meses do ano passado, quando foram emplacadas 90 mil 723 unidades. 

Somente em novembro as vendas alcançaram 10 mil 704 unidades, acréscimo de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram emplacados 10 mil 150 importados. Na comparação com outubro, que comercializou 12 mil 509 veículos, porém, houve queda de 13,8%.  

Presidente da Abeifa, Marcelo Godoy, afirmou que as associadas encerrarão o ano com volume superior a 130 mil unidades importadas, somada a parcela que é montada no Brasil, o que representará crescimento expressivo de 24%.

“E, certamente, vão superar nossas expectativas do início do ano, quando indicávamos que o total anual chegaria a 120 mil unidades”, disse Godoy, ao complementar que não fossem os juros elevados e a restrição de crédito as vendas teriam sido ainda melhores.

Para 2026, embora a alíquota do imposto de importação alcance 35% aos eletrificados em julho, é projetada alta de 5%, com 137 mil unidades. “No entanto, ao longo do próximo ano, provavelmente teremos em nossos quadros novas empresas associadas, com a chegada de players da China”.

A participação das associadas da Abeifa no mercado de automóveis e comerciais leves importados este ano foi de 27,1% contra 22,4% do ano passado. Em novembro, o porcentual era de 26,1%, enquanto que um ano antes chegou a 23,1%. 

A BYD segue liderando com folga, com 97,2 mil unidades emplacadas no País, alta de 45,8% em relação aos onze meses de 2024. Na sequência aparecem a Volvo, com 8,5 mil vendas, incremento de 9,4%, e a Porsche, com 4,9 mil, queda de 13,9% neste período. 

Incentivo à reciclagem de veículos esbarra em dificuldade de regulamentação

São Paulo – A regulamentação de incentivos à reciclagem de veículos no País, previstos no Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, esbarra em uma questão elementar: nada parecido já foi feito antes na prática. Isto porque o Brasil será o primeiro país do mundo a padronizar a medição de emissões de CO2 equivalente do berço ao túmulo, ou desde a produção, passando pelo uso até o sucateamento do veículo.

A demora na regulamentação decorre da complexidade envolvida na medição das emissões da produção de todas as peças, do processo de manufatura até os procedimentos de desmontagem e reciclagem ou reaproveitamento de peças, conforme justifica Carlos Sakuramoto, gerente de manufatura da General Motors South America e diretor de manufatura e materiais da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.

“A medição de emissões do berço ao portão [da produção do veículo e sua expedição ao cliente] existe só em teoria, nunca fizemos na prática”, esclarece Sakuramoto. “Hoje [10 de dezembro] devemos ter o primeiro rascunho da portaria, mas ainda temos muito trabalho pela frente para definir diversas questões envolvidas nesse processo.”

Muitas definições a equacionar

Uma das dificuldades, aponta o engenheiro, é definir o número de peças que devem ter as emissões medidas: “Um carro tem, em média, 5 mil part numbers. Precisamos estipular se é necessário medir as emissões na produção de todas elas ou se, por exemplo, só 1 mil já bastariam para ter uma média confiável”.

Outra questão reside no fato de definir a equação de quantos carros precisam ser reciclados para render incentivos para os novos. “Esta definição passa por saber se cada carro inservível reciclado vale o desconto de 1 ponto de IPI para cinco ou dez carros novos. Por exemplo: um Celta sucateado vale incentivos a quantos SUVs novos? São perguntas que temos de responder para chegarmos a uma regulamentação justa”, aponta Sakuramoto.

Produção de motos até novembro supera o total de 2024

São Paulo – Saíram das linhas de produção do Polo Industrial de Manaus, de janeiro a novembro, 1 milhão 850 mil motocicletas, 14% acima do mesmo intervalo do ano passado. Este número, de acordo com a Abraciclo, supera toda a fabricação de 2024, que contou com 1 milhão 748 mil unidades.

Somente no mês passado foram produzidas 165 mil 690 motos, acréscimo de 13,4% em relação a novembro de 2024. Em comparação a outubro, porém, houve recuo de 12,3%, o que conforme a entidade se deu por causa do número menor de dias úteis, 19 em novembro e 23 em outubro.

Para o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, os resultados confirmam o bom momento do setor de duas rodas: “As associadas adotaram estratégias para acompanhar o crescimento da demanda e ajustar a produção ao longo do ano. Chegaremos ao fim de 2025 com boas expectativas em relação à produção de 1 milhão 950 unidades”.

Emplacamentos batem recorde

As vendas de motocicletas bateram recorde: foram emplacadas 2 milhões 4 mil unidades no acumulado do ano, incremento de 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A projeção da Abraciclo é que 2025 encerre com 2,1 milhões de unidades.

Em novembro, foram comercializadas 180 mil 645 motocicletas, 22,8% acima de igual mês em 2024. Frente a outubro também houve queda de 13,9%, por causa dos dias úteis. A média diária de vendas foi de 9 mil 508 unidades.

Quanto às exportações, nos onze meses foram embarcadas 39 mil 622 motocicletas, alta de 39,2% sobre o mesmo período de 2024. Só em novembro o envio a outros países disparou 178,3% em relação a igual mês no ano passado, com 4 mil 564 mil unidades. Frente a outubro houve recuo de 18%.

Governo define meta de eficiência energética dos veículos para 2027

São Paulo – A AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, espera a partir desta quinta-feira, 11, a publicação de uma das mais aguardadas e trabalhosas regulamentações do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que direciona a política de desenvolvimento do setor automotivo no País. Trata-se da portaria que define metas e incentivos de eficiência energética dos veículos.

Esta regulamentação é aguardada ansiosamente, desde o início deste ano, por fabricantes de veículos e autopeças, pois definirá a estratégia tecnológica que cada um adotará para cumprir a meta, escapar de punições e, preferencialmente, superá-la para ganhar incentivos fiscais.

Everton Lopes, vice-presidente da AEA e diretor de pesquisa e desenvolvimento da Mahle, afirmou que este é um dos principais trabalhos consultivos da entidade este ano para definir a regulamentação junto ao MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Segundo ele as metas de eficiência, com consequente redução de emissões de CO2, foram ajustadas a partir de negociações com o governo e devem atender aos pleitos da indústria, de endereçar a evolução das regras sem onerar demais os custos de produção.

Melhoria de 11% a 12%

A expectativa é que a portaria fixe meta de melhoria da eficiência energética média para todos os veículos leves, do tanque à roda, em torno de 11% a 12% em relação a novembro de 2023, quando foram feitas as últimas medições, ainda sob a regulamentação do Rota 2030, que estipulou avanço de 11% e relação ao aferido em 2022.

Com a meta, punições e os incentivos conhecidos as empresas vão definir suas estratégias tecnológicas para realizar a medição de partida, de sua frota de veículos à venda, em setembro de 2026. Um ano depois, em 2027, será realizada a medição de conferência para determinar quem cumpriu, não cumpriu ou superou os objetivos, fazendo jus a incentivos, multas ou ficando no zero-a-zero.

Em setembro do ano que vem cada fabricante poderá assumir compromissos em relação à superação de metas, já contabilizando incentivos a partir da frota que estará à venda ao longo do período até 2027, incluindo aí os lançamentos de novos carros que serão feitos. Caso os objetivos prometidos não sejam cumpridos nas auditorias a empresa terá de devolver os incentivos recebidos corrigidos.

Em uma avaliação inicial Lopes observa que será muito difícil cumprir ou superar a meta de eficiência energética do Mover sem a utilização de eletrificação. Portanto é esperada nos próximos dois anos uma onda maciça de lançamentos de veículos híbridos com variados tipos de tecnologia para alcançar e, se possível, superar os objetivos.

Citroën celebra 100 mil unidades do novo C3 produzidas no Brasil

São Paulo – Desde maio de 2003 saíram do Polo Automotivo Stellantis de Porto Real, RJ, 100 mil unidades do hatch compacto Citroën C3. Este ano a linha 2026 apresentou a novidade da versão XTR, com proposta mais aventureira e robusta. Somam-se a ela outras quatro: Live, Live Pack, Feel e You!.

A história do Citroën C3 tem origem no conceito Lumière, apresentado no Salão de Paris de 1998 e desenvolvido pelo estúdio de design da marca sob direção de Donato Coco. O carro chamou a atenção à época pelo teto curvo e ampla área envidraçada com para-brisa de destaque. Em 2012 veio a segunda geração e, em 2022, a terceira e atual.