A produção industrial nacional cresceu 0,2% de setembro para outubro, seguindo a série de crescimento ao longo do ano, com alta acumulada de 1,9% em dez meses, segundo os dados divulgados pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na terça-feira, 5. Na comparação com o mesmo mês do ano passado o aumento foi de 5,3%, sendo a maior alta desde abril de 2013.
O setor automotivo teve grande participação para o crescimento de 5,3% com relação a outubro de 2016. De acordo com o indicador seu aumento foi de 27,4%.
André Macedo, gerente de análise de estatísticas derivadas, creditou essa expansão a dois fatores: “Tivemos o efeito calendário, com um dia útil a mais em outubro com relação ao mesmo mês do ano passado. Outra questão é que a produção do setor automotivo em outubro de 2016 registrou queda de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por trás desses resultados temos, também, outros fatores que ajudam no entendimento desses números, como a melhora do mercado doméstico e o da geração de empregos, nível de preços e juros mais baixos e queda na inadimplência”.
O IBGE separa a produção industrial em quatro categorias, com os automóveis e comerciais leves na posição de bens duráveis, que registrou aumento de 12,4% em dez meses e de 17,6% na comparação de outubro ante o mesmo período do ano passado. Com relação a setembro, no entanto, ocorreu queda de 2%: “Esse recuo foi muito pontual por causa da acomodação natural de alguns setores que avançaram em períodos anteriores. É necessário destacar que no ano o crescimento está acima de dois dígitos”.
Na categoria de bens de capital o incremento no acumulado do ano foi de 5,6%, enquanto na comparação com o mesmo mês do ano anterior o setor registrou alta de 14,9%. Com relação a setembro o crescimento foi de 1,1%: “A recuperação do setor de caminhões foi fator de impacto para o crescimento, também alavancado por outras áreas, mas com a maior influência vinda dos caminhões”.
A produção de máquinas agrícolas também contribuiu para os bons resultados ao longo do ano, mas começou a perder força no segundo semestre.
O IBGE tem boas expectativas para os resultados de 2018: “Resultados positivos ao longo do ano mostram que o próximo ano pode ser bom e isso se soma à melhora na situação conjuntural do Brasil, assim como a melhora de outros fatores já destacados”.
Foto: Divulgação.
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