São Bernardo do Campo, SP – SUV mais vendido do mercado brasileiro pela primeira vez em novembro, o T-Cross seguirá a partir do ano que vem de São José dos Pinhais, SP, onde é produzido, para alguns países da África. Não serão grandes volumes, contou o presidente da Volkswagen América do Sul, Pablo Di Si. “O mais importante é que colocaremos o nosso pezinho naquele mercado”.
No lançamento do modelo, em fevereiro, Di Si revelara que o T-Cross seria exportado para mais de cinquenta países – e cruzar o Atlântico já fazia parte dos planos. O projeto avançou: há algumas semanas executivos e revendedores africanos reuniram-se com a diretoria brasileira em São Bernardo do Campo, SP, para desenhar o plano. Di Si não quis falar em volume, mas mostrou-se animado.
O executivo considera essencial ampliar os mercados de exportação a partir das fábricas brasileiras, mas reclama da falta de competitividade – tema recorrente na indústria automotiva nacional. Para ele o governo está no caminho certo ao tentar simplificar o sistema tributário e reduzir a burocracia, mas não deverá ser algo resolvido no curto prazo.
“Tecnicamente temos todas as condições de exportar para Europa ou Estados Unidos. Como exemplo exportamos virabrequins de São Carlos para a Alemanha e transmissões de Córdoba, na Argentina, para a China.”
Mas os principais clientes ainda são os países da região. A boa notícia é que em 2020 a dependência da Argentina, maior comprador de carros brasileiros, foi reduzida na Volkswagen: as exportações cairão apenas 4%, embora os embarques para a Argentina venham a cair 39%. Serão exportados 105 mil veículos VW ante 110 mil em 2019, dos quais 39 mil para a Argentina, ante 63 mil no ano passado.
Foto: Divulgação.
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