São Paulo – As empresas fabricantes de ônibus aguardam, com ansiedade, aprovação de projeto de lei que prevê a liberação de R$ 4 bilhões para o segmento de transporte urbano em cidades com mais de 200 mil habitantes, que será avaliado pelo Senado. Segundo Ruben Bisi, presidente da Fabus, que participou do último dia do 2º Congresso de Negócios da Indústria Automotiva Latino-Americana, realizado pela AutoData Editora, a expectativa é a de que o projeto seja aprovado o quanto antes para ajudar área de atividade econômica que ele considera uma dos mais impactadas pela crise da covid-19.
Esse é um ponto que anima as fabricantes nacionais, que também pretendem negociar um novo adiamento dos pagamentos de parcelas de financiamento feitos com o BNDES por mais quatro meses, ante a previsão inicial de retomar os pagamentos em outubro. Bisi disse que esse adiamento é necessário por causa do período que muitas dessas empresas ficaram sem operar e sem faturar.
Com relação às exportações, das quais 85% acontecem na América Latina, as expectativas não são positivas: até dezembro deverão somar 2 mil 850 unidades, queda de 33,6% na comparação com o ano passado: "Todos os países que atendemos a partir do Brasil estão sofrendo com a pandemia e, por isso, a demanda é menor".
O Chile é o principal parceiro comercial do Brasil no segmento de ônibus, representando 49% das exportações anuais. O Peru ultrapassou a Argentina no ano passado e assumiu a segunda posição, deixando a terceira para os importadores argentinos. Esses três mercados têm demandado menos ônibus brasileiros, mas Bisi ressaltou a queda no mercado peruano, que no ano passado comprou 852 unidades e, em 2020, somou 159 importações até julho, e a dificuldade para avançar na Argentina.
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