São Paulo – A Toyota criticou a aprovação da MP 987/2020 pelo Congresso, que prorrogou por mais cinco anos os incentivos fiscais federais para a indústria automotiva instalada no Centro-Oeste. Em artigo assinado pelo seu diretor de assuntos governamentais, Roberto Matarazzo Braun, considerou “questionável” a extensão do benefício fiscal para a região, que já há vinte anos conta com descontos de tributos para as montadoras ali instaladas – atualmente, Caoa, produtora dos Caoa Chery e Hyundai, e HPE, que monta modelos Mitsubishi e Suzuki.
“O prazo de vigência do regime já teria sido suficiente para a recuperação dos investimentos realizados e a extensão do prazo por mais cinco anos dificilmente atrairá novas montadoras, com novos investimentos e geração de empregos expressivos para a região. Também não há porque se falar da necessidade de compensação dos custos logísticos, uma vez que a região Centro-Oeste é considerada localização ideal para a instalação de centros de distribuição de alcance nacional”.
Os incentivos ao Centro-Oeste acabariam ao fim deste ano e sua extensão por mais cinco foi aprovada pela Câmara e pelo Senado e está à espera da sanção presidencial. Segundo Braun a sua extensão afeta a previsibilidade do setor, especialmente de empresas localizadas em outras regiões sem incentivo, que seriam prejudicadas pela condição especial dada a suas concorrentes.
O diretor da Toyota vai além: pede a aprovação rápida da reforma tributária para que essas “distorções” sejam corrigidas “oferecendo a necessária previsibilidade, esta sim que permite a atração de novos investimentos”.
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