São Paulo – A Mercedes-Benz foi mais uma fabricante a aderir à interrupção de suas atividades produtivas no Brasil diante do agravamento da pandemia, que gerou colapso no sistema de saúde de diversos estados e municípios. As operações de São Bernardo do Campo, SP, e Juiz de Fora, MG, deixarão de produzir de 26 de março a 4 de abril, com retorno previsto para a segunda-feira, 5.
Disse a Mercedes-Benz em comunicado que a intenção é contribuir com “a redução de circulação pessoas neste momento crítico do País, administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos e atender a antecipação de feriados por parte das autoridades municipais”.
Após o período de paralisação haverá também mudanças na produção, com férias coletivas a grupos alternados de funcionários, formando grupos menores, com mais distanciamento.
As prefeituras do Grande ABC decidiram antecipar alguns feriados municipais e criar um super-feriadão, emendando desde o sábado, 27 de março, até o domingo, 4 de abril. A fábrica da Mercedes-Benz, por ser uma atividade considerada de setor essencial, não seria obrigada a parar.
Assim todas as fábricas de veículos de São Bernardo do Campo, SP, deixarão de produzir, atendendo à demanda do sindicato dos metalúrgicos local, que desde a semana passada faz campanha para que os trabalhadores fiquem em casa. Chegaram a procurar a Anfavea, que disse ser caso de negociar com cada empresa.
No ABC decidiram parar, também, Volkswagen e Scania. A Volvo, no Paraná, reduzirá sua produção, mas por efeitos do desabastecimento da cadeia.
Apenas a General Motors, de São Caetano do Sul, não deverá parar na região: em nota na segunda-feira, 22, afirmou que seus protocolos “têm se provado eficientes para a prevenção do contágio” e que pesquisas apontam que seus funcionários “se sentem mais seguros nas fábricas do que em suas próprias casas”.
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