São Paulo – A Volkswagen do Brasil decidiu suspender toda a produção de suas fábricas no País a partir da quarta-feira, 24, por causa do agravamento da pandemia e do aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI no Brasil. Foi a primeira montadora a adotar essa postura nessa segunda onda, que está ainda mais forte e grave – e a exemplo do que fez há pouco mais de um ano, quando a VW foi a pioneira nas paralisações da primeira onda.
Segundo comunicado divulgado na tarde de sexta-feira, 19, as fábricas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, SP, e São José dos Pinhais, PR, ficarão doze dias corridos sem produzir. O retorno está estimado para após o feriado da páscoa, em 5 de abril.
Diz o comunicado que “a empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”. Serão mantidas apenas atividades essenciais nas fábricas e o pessoal da área administrativa atuará em trabalho remoto.
Os sindicatos participaram da decisão, segundo a VW. No começo da semana o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa os trabalhadores da unidade de São Bernardo do Campo, procurou a Anfavea e o governo com proposta de paralisação da indústria automotiva, justamente por causa do agravamento da pandemia, e de participação do setor privado na compra de vacinas.
Na sexta-feira, 19, AutoData publicou em sua coluna semanal um questionamento à indústria: por que não dar o exemplo e parar a produção? A Volkswagen puxou a fila mais uma vez.
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