São Paulo – O mercado latino-americano tem potencial para absorver cerca de 6 milhões de veículos por ano, sem considerar o México, estimou a Allada, Associação Latino-Americana de Distribuidores de Veículos, no primeiro dia do 3º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, realizado pela AutoData Editora, de forma online, até a sexta-feira, 20. Nas contas de Alejandro Saubidet, seu presidente, o Brasil tem potencial para cerca de 3,5 milhões de unidades, a Argentina 900 mil unidades, e o Chile 500 mil.
O presidente da Allada enumerou as principais dificuldades que o setor automotivo local deverá encontrar para chegar àquele número: o aumento no preço dos veículos e a condição econômica da população local: "Existe um grande espaço para avançar, pois a pandemia fez com que o mercado argentino, por exemplo, retornasse ao patamar de 2010. No Brasil esse recuo foi até maior".
Outro problema que poderá afetar a esse mercado são as negociações que envolvem montadoras e concessionários, porque existe um movimento para reduzir a margem atual de 20% dos revendedores. Caso aconteça poderá gerar prejuízos ao setor.
Com histórico de mais de 100 anos na comercialização de veículos, Saubidet acredita que as concessionárias sobreviverão mesmo com todas as mudanças que acontecem e as futuras. O consumidor chega, hoje, na revenda sabendo até mais do que o vendedor sobre o carro, mas ele ainda quer ver pessoalmente a sua escolha e tirar alguma dúvida:
"Ainda haverá espaço para prestação de serviços de pós-vendas, pintura e funilaria e locação de veículos, por exemplo. Esse será um dos caminhos para o futuro".
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