São Paulo – Não são muito animadoras as projeções dos varejistas para o mercado brasileiro no ano que vem. César Fernando Álvares de Moura, presidente da Assobrav, Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen, e Hertzel Badra Bennesby, presidente da Abrac, Associação Brasileira dos Concessionários Chevrolet, disseram durante o segundo dia do Congresso Perspectivas 2022, realizado por AutoData, na terça-feira, 19, que a expectativa é a de um mercado igual, ou muito próximo, ao de 2021, em torno de 2 milhões de automóveis e comerciais leves.
O presidente da Abrac foi um pouco mais otimista e projetou emplacamentos em torno de 2,1 milhões neste ano: "Em 2022 bateremos, no máximo, no mesmo volume, porque o consumo se contrairá depois do crescimento registrado nos últimos dezoito meses".
Já o presidente da Assobrav disse que sua projeção é de 2 milhões de unidades para 2021, mas que o cenário atual mostra que esse número ficará mais próximo de 1,9 milhão de unidades comercializadas: "Vemos projeções em torno de 2 milhões 250 mil para o ano que vem, mas nós esperamos algo em torno de 2 milhões porque não há mercado para mais do que isso".
Para Moura o primeiro trimestre ou quadrimestre do ano que vem ainda será afetado pela falta de produtos, causada pela escassez de componentes e pelas mudanças que as montadoras farão nos veículos para atender à fase L7 do Proconve, que entra em vigor em janeiro de 2022. No segundo semestre, com as eleições o mercado se ressentirá.
Mesmo com o mercado menor na comparação com anos anteriores a rede de concessionários tem conseguido gerar resultados financeiros sólidos graças ao forte aumento do tíquete médio dos veículos, pois produção e vendas estão focadas nos veículos com maior rentabilidade por causa da escassez de peças.
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