São Paulo – Durante encontro com a imprensa especializada nesta quarta-feira, 5, o novo presidente da Toyota no País, o brasileiro Evandro Maggio, confirmou tudo o que já havia dito com exclusividade para AutoData no From the Top da edição 410, de maio. Foi, no entanto, um pouco além sobre a localização do sistema atualmente importado do Japão: “Esperamos na primeira fase de investimentos, de R$ 5 bilhões, nacionalizar a tecnologia híbrido flex”.
No total a Toyota investirá R$ 11 bilhões no Brasil até 2030 e, no que foi chamado de primeira fase deste ciclo, estão contabilizados dois novos produtos, um modelo compacto que começa a ser produzido em Sorocaba, SP, em 2026, e outro totalmente novo, originado a partir de uma inédita plataforma global. Também está nestes planos da companhia nacionalizar a montagem de baterias para seus carros eletrificados, segundo Maggio: “Todos os nossos produtos feitos no Brasil terão uma versão híbrido flex”.
Todas essas atividades estarão concentradas na unidade da Toyota em Sorocaba, SP, que poderá quase dobrar sua capacidade, passando de 175 mil unidades/ano para algo próximo de 300 mil unidades: “Estamos construindo o que chamamos de Sorocaba 2, a partir da terraplenagem, para subir um novo prédio, que abrigará linhas com novas tecnologias e estará integrada com a produção já existente. Estimamos em torno de um ano e meio, no máximo dois, para iniciarmos as atividades lá”.
Com relação a fábrica de Indaiatuba, SP, o processo de desativação se encontra em uma fase em que a preocupação é com a decisão dos funcionários sobre a possibilidade de se transferirem para a unidade de Sorocaba ou aderirem ao PDV: “A prioridade agora é a alocação dos trabalhadores”.
Sobre o futuro da unidade Maggio ainda não tem um cronograma definido, tampouco recebeu qualquer contato ou oferta para venda, como se especulou durante o anúncio da chegada de mais uma marca chinesa ao mercado nacional: “Soubemos pelo que foi noticiado pela imprensa. Por enquanto não temos qualquer conversa neste sentido e o futuro da unidade de Indaiatuba será definido por um comitê em que haverá a participação de todos os envolvidos, inclusive a Prefeitura”.
Sobre os recentes acontecimentos no Japão e as alegadas irregularidades da Toyota em testes de segurança ele disse que, “em primeiro lugar, repito as palavras de nosso presidente, Akio Toyoda: pedimos sinceras desculpas”.
Ele contou que os veículos foram submetidos a testes mais rigorosos e houve um entendimento de que tudo foi executado corretamente. Porém, não foi seguido o procedimento local, o que levou às suspeitas sobre as irregularidades em testes de segurança.