Mais quatrocentos engenheiros serão contratados pela companhia, que já havia anunciado 1,5 mil novos postos de trabalho em janeiro
São Paulo – Com o pretexto de estar inaugurando seu Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex, que já está em operação há alguns meses, a Stellantis recebeu comitiva do governo federal liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua fábrica de Betim, MG, na terça-feira, 11. Aproveitou para anunciar mais quatrocentas contratações, de engenheiros, que se somam às 1,5 mil vagas abertas em janeiro, segundo informou o presidente Emanuele Cappellano.
As quase 2 mil vagas criadas foram celebradas por Lula, acompanhado por ministros como Geraldo Alckmin, do MDIC, Fernando Haddad, da Fazenda, Luiz Marinho, do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e outros. Pela Stellantis estiveram presentes também John Elkann, seu principal executivo durante o processo pela busca de um novo CEO global, e Antonio Filosa, COO das regiões Américas e um dos candidatos ao cargo.
Elkann discursou, em português, e elogiou a matriz energética brasileira, sobretudo o etanol. Disse ele que esta matriz inspirou o investimento na tecnologia Bio Hybrid, que foi desenvolvida no espaço inaugurado, e que alia a eletrificação com o flex, podendo fazer com que veículos híbridos sejam abastecidos com etanol.
São quatro as tecnologias eletrificadas que já foram desenvolvidas a partir desta plataforma instalada em Betim, e que já produz os Fiat Pulse e Fastback MHEV. O novo centro será responsável, também, pelo desenvolvimento de motores a combustão de alta eficiência e tecnologias de eletrificação de baixa e alta voltagem.
Elkann anunciou, ainda a expansão de projeto de filantropia com foco na educação na região: beneficiará, segundo o executivo, mais de 165 mil estudantes, capacitará 1 mil professores e atenderá mais de duzentas escolas.
Antes da cerimônia de inauguração, em que integrantes do governo puderam discursar, Lula fez uma visita à linha de produção de Betim, onde foi recebido com festa pelos funcionários do chão de fábrica. Por mais de 20 minutos circulou, abraçou e tirou fotos com os trabalhadores.
Em seu discurso o presidente da República lembrou que a indústria chegou a vender mais de 3,6 milhões de veículos em um ano e está caminhando para retornar a este patamar, e disse esperar que seja ainda em seu governo. E brincou: “Se for convidado estarei no Salão do Automóvel”.
O evento, confirmado para novembro no Anhembi, em São Paulo, foi um dos pedidos de Lula para a indústria automotiva.