AutoData - Em busca dos 38%
Montadora
12/07/2018

Em busca dos 38%

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Bernardo do Campo – Independente do seu desempenho no segmento premium em 2018 a Mercedes-Benz manterá seu objetivo: responder por, pelo menos, 38% das vendas, seguindo na liderança do mercado. Tal meta já foi cumprida no primeiro semestre, quando comercializou 6 mil 33 unidades, garantindo 9% de crescimento, 38,8% de participação e o primeiro lugar dentre as três marcas premium alemãs.

 

Seu gerente sênior de vendas e marketing, Dirlei Dias, conta o porquê de considerar apenas Audi e BMW em suas contas de participação de mercado: “São as marcas com as quais concorremos diretamente em todos os segmentos”.

 

Após alcançar um pico de 17,6 mil unidades comercializadas em 2015 a Mercedes-Benz vendeu, em 2016, 11,3 mil automóveis. Recuperou um pouco do volume perdido no ano passado, 12,4 mil unidades, e espera fechar este ano com 13,6 mil.

 

As oscilações cambiais ainda não refletiram nos preços dos automóveis Mercedes-Benz mas uma nova tabela de preços será divulgada no mês que vem, quando chegarão às concessionárias os modelos da linha 2018-2019. Em março, na virada para a linha 2018-2018, houve um reajuste de 2%, segundo Dias. De todo modo a disparada do dólar tem impacto suavizado nas operações da Mercedes-Benz por causa da operação de caminhões de São Bernardo do Campo, SP, que é exportadora.

 

Na semana passada a companhia recebeu uma notícia boa: junto com a Medida Provisória que criou o Rota 2030 o presidente da República assinou um projeto de lei que permite às montadoras premium receberem os créditos de IPI que ficaram represados com o fim do Inovar Auto: “Temos crédito a receber de 2019, quando a medida entrará em vigor, até 2021, quando nossa fábrica completará cinco anos”.

 

Quanto às exigências do Rota 2030 a Mercedes-Benz mostra-se tranquila. Há, por exemplo, planos de trazer, no médio prazo, modelos híbridos plug-in, o que ajudaria a melhorar os níveis de eficiência energética. Os itens de segurança, outra exigência do novo programa automotivo, também estão presentes nos seus modelos.

 

“O Rota 2030 traz, como grande vantagem, previsibilidade para nossos negócios. Precisamos de estabilidade para conseguir pagar os investimentos que fazemos aqui. Para os consumidores também é bom, porque proporciona carros mais eficientes e com maior segurança.”

 

Dias lembrou que a companhia superou as metas de eficiência do Inovar Auto, o que garantiu 1 ponto porcentual de desconto no IPI dos modelos comercializados no mercado nacional.

 

Produção local – Do total de automóveis vendidos pela Mercedes-Benz no País em torno de 60% saem das linhas de montagem da fábrica de Iracemápolis, SP – o Classe C e o GLA. Não há, segundo Dias, planos de introduzir um novo modelo na linha: “A fábrica tem uma grande flexibilidade e condições de produzir novos carros a qualquer momento se houver necessidade. Mas não está nos planos”.

 

Os índices de qualidade dos produtos feitos em Iracemápolis estão, segundo o gerente, no nível das principais unidades Mercedes-Benz no mundo. Atualmente lá trabalham 860 funcionários, somados os terceirizados de fornecedores, em um turno.

 

Foto: Divulgação.