AutoData - Vendas de caminhões retomam nível de 2015
Balanço da Anfavea
06/08/2018

Vendas de caminhões retomam nível de 2015

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

São Paulo – O desempenho de vendas de caminhões no País, até julho, manteve-se positivo apesar da greve dos caminhoneiros e de seus reflexos. No acumulado do ano foram emplacadas 38 mil 616 unidades, 48,6% a mais do que nos primeiros sete meses no ano passado – ainda que seja considerado base pequena de comparação a indústria considera o volume importante dentro do contexto da recuperação. Neste sentido o volume de emplacamentos até julho foi o melhor desde 2015, quando o setor vendeu, de janeiro a julho, 43 mil 785 unidades.

 

Se mantido o ritmo, as vendas do segmento de caminhões devem fechar o ano alinhadas com as projeções de crescimento da Anfavea, 24,47%, apontou o presidente Antonio Megale: “O que sustentará o mercado serão as demandas do agronegócio. A safra, mais uma vez, requer novos caminhões para escoar produção”.

 

O cenário é atraente para os pesados, que vem puxando as vendas e as exportações nos últimos meses. Mesmo sobre uma base pequena a comparação dos dados do acumulado do ano mostram como os pesados representam, hoje, o principal segmento de vendas: foram 17 mil 91 unidades, 87,3% a mais do que no acumulado do ano passado.

 

A Mercedes-Benz segue como líder no mercado dos pesados: vendeu, até julho, 4 mil 842 unidades, o que representa crescimento de 91,2% ante 2017. A Volvo vem na sequência, com 4 mil 682 unidades vendidas, crescimento de 87,6%, seguida por Scania, que recentemente lançou no País nova geração de cabines, com 4 mil 134 unidades e crescimento de 76,4%.

 

Com o tabelamento do frete, assunto que segue em discussão no STF, algumas empresas que operam no Brasil passaram a cogitar constituição de frota própria, o que pode gerar compras de caminhões novos. A Anfavea, no entanto, espera que o aquecimento das vendas aconteça por meio do desenvimento de grandes obras de infraestrutura: “Ainda é cedo para projetar um aumento das vendas em função do tabelamento: teremos que aguardar decisão do Supremo”.

 

Foto: Divulgação.