AutoData - Queda nas exportações chega a 5%
Balanço da Anfavea
06/09/2018

Queda nas exportações chega a 5%

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – As exportações brasileiras de veículos caíram 16,6% em agosto, comparado com o mesmo mês do ano passado, para 56,1 mil unidades. Apesar de representar um avanço de 9,2% sobre julho, a queda ficou ainda mais acentuada no acumulado do ano, que já soma 4,6% de retração nos embarques.

 

De janeiro a agosto foram enviados 486,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, ante 509,8 mil unidades no mesmo período de 2017. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, essa tendência deverá seguir nos próximos meses, contrariando a expectativa da associação de fechar o ano com empate nas exportações.

 

“O ano passado foi o melhor da nossa história em exportações e, no início do ano, acreditávamos em conseguir superar esse recorde em 2018. Acontece que os nossos dois principais mercados compradores, Argentina e México, estão com demanda desaquecida. No próximo mês devemos rever nossas projeções, que atualmente são de empate com o ano passado, para queda”.

 

Responsável por 75% das exportações brasileiras de veículos até agosto, a Argentina teve redução de 4% nos embarques no acumulado do ano, comparado com o mesmo período de 2018. Com o agravamento da crise econômica naquele país, que nos últimos dias elevou sua taxa de juros básica para 60% ao ano, a tendência é de volumes ainda mais baixos nos próximos meses, segundo o presidente da Anfavea.

 

No caso do México as exportações recuaram 50% de janeiro a agosto. Parte desse volume foi direcionado para outros mercados, mas é insuficiente para repetir o recorde de embarques de 2017.

 

De positivo no comércio exterior são os valores, que seguem contribuindo positivamente para a balança comercial brasileira. Em agosto as montadoras faturaram US$ 1,3 bilhão com as vendas externas, valor 4,9% superior a julho, mas 11% abaixo do mesmo mês de 2017. Mesmo com a redução, no acumulado do ano a comparação segue positiva: alta de 7,8%, somando US$ 11 bilhões.

 

Foto: APPA.