AutoData - Aliança RNM vive o seu melhor momento no Brasil
Estratégia
04/12/2018

Aliança RNM vive o seu melhor momento no Brasil

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São José dos Pinhais, PR – Em xeque desde a prisão do seu principal executivo, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, no fim de novembro, a Aliança Renault Nissan Mitsubishi tem no Brasil o seu melhor momento, de acordo com o presidente da Renault para a América Latina, Luiz Fernando Pedrucci. Embora ainda não possa revelar números o executivo garante que os ganhos em sinergias da Nissan com a Renault em 2018 são os melhores da história na região.

 

Todos os meses equipes das duas empresas reúnem-se para avaliar os resultados e traçar os próximos passos. Pedrucci garante que, ao menos por aqui, a vontade é seguir em frente: “A Aliança, no Brasil, nunca foi tão frutífera como agora. As sinergias em compras, engenharia e redução de custos têm o melhor ano da história e estão a todo o vapor, mantendo a independência de cada empresa”.

 

Com a Mitsubishi, cuja entrada na Aliança é mais recente, ainda não há compartilhamento no Brasil.

 

Desde a prisão de Ghosn muito se fala sobre o fim da Aliança embora, oficialmente, as três empresas reiterem que a intenção é manter os planos mesmo com a ausência de seu principal mentor e executivo. Pedrucci afirmou a jornalistas na terça-feira, 4, em entrevista que precedeu à festa de comemoração dos 20 anos da fábrica Renault no Paraná, que as operações seguem normalmente, de acordo com as indicações do CEO interino da companhia, Thierry Bolloré – Ghosn foi temporariamente afastado de suas funções.

 

Para o presidente da Renault na América Latina a manutenção da Aliança é fundamental para garantir, e repartir, os investimentos necessários para a indústria diante dos desafios que se desenham: “Nos próximos dez anos a indústria se transformará mais do que nos últimos cinquenta. Temos grandes desafios em investimentos em carros elétricos, autônomos e compartilhados e, para nos manter competitivos, é fundamental diluir esse investimento na Aliança”.

 

De acordo com o Pedrucci um grande passo pró-Aliança deverá ser dado nos próximos anos, com a construção de plataformas produtivas compartilhada pelas marcas. As novas gerações de modelos serão montadas sobre uma mesma plataforma, usando peças comuns – mas mantendo designs distintos.

 

“Com a plataforma comum alcançaremos um novo patamar em sinergias. Até 2022 80% dos carros serão montados sobre essa plataforma unificada.”

 

Foto: Divulgação.